Diferente do que tem acontecido em Pernambuco, o estado do
Maranhão tem dado exemplo de valorização do servidor da educação. Recentemente
o governador daquele estado, Flávio Dino (PC do B), aumentou em 6,8% o salário
dos profissionais que têm carga semanal de 40 horas-aula. Com isso, os
profissionais passam a receber R$ 5.570,00/mês,
o que torna o estado o primeiro do Nordeste e o segundo do Brasil com o maior
salário pago aos professores. Enquanto isso, em Pernambuco, o profissional de
educação com a mesma carga horária luta pelo cumprimento do piso nacional de R$
2.455,35, mas até agora recebem 2.298,80/mês.
A desatenção com os professores do Estado tem sido denunciada pelo
líder da Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco, Silvio Costa Filho
(PRB). “Um exemplo da falta de compromisso do governador Paulo Câmara com os
servidores da educação é a promessa, feita na campanha de 2014, de dobrar o
salário dos professores. Ao contrário disso, ele sequer pagar o piso salarial
nacional.”
Para o parlamentar, a situação dos professores pernambucanos é
reflexo da falta de atenção do governador Paulo Câmara com o conjunto dos
servidores. “O que vemos quando comparamos Pernambuco com o Maranhão é que lá
há a decisão política de valorizar os servidores da educação. No Maranhão, o
governador está investindo 30% da Receita Corrente Líquida em educação,
enquanto o limite constitucional é de 25%, e já garantiu o piso para toda a
categoria, enquanto em Pernambuco os professores ainda cobram a implantação do
piso nacional", comparou.
Apesar da realidade fiscal do Maranhão ser de contingenciamento de
recursos, o professor em início de carreira com jornada de 20h/semanais recebe
um piso de R$ 2.875,41. Já em Pernambuco, o salário do mesmo profissional
corresponde a R$ 1.724,15. Além disso, o Governo do Maranhão também concedeu a
progressão na carreira de mais de mil professores e especialistas em educação.
“Reconhecemos que existem avanços na educação de Pernambuco, como
por exemplo o resultado do índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb),
que colocou o Estado como um dos melhores na educação pública do País. Mas
esses são avanços que iniciaram nos últimos 20 anos. Entendemos que é preciso
dar continuidade às ações que deram certo no passado, pois não podemos perder o
que conquistamos. Entretanto, é fundamental que exista uma política permanente
de valorização do servidor da educação”, avaliou o deputado.
Silvio lembra que nos últimos três anos, algumas das principais
conquistas dos pernambucanos ficaram para trás. “Pernambuco fechou 2017 com a
maior taxa de desemprego do País; o Pacto pela Vida não consegue mostrar
efetividade na redução da criminalidade; programas sociais – como Ganhe o
Mundo, Mãe Coruja, Atitude e Chapéu de Palha – vêm sofrendo restrição financeira;
o Fundo Estadual de Apoio aos Municípios não teve as edições de 2016 e 2017
lançadas; além da queda na qualidade nos serviços de saúde do Litoral ao Sertão
do Estado. Infelizmente, o Pernambuco da vida real das pessoas é bem diferente
do que o Governo Paulo Câmara mostra na publicidade”, destacou.
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