Um amigo
meu da imprensa propõe que o blog publique um artigo sobre a possibilidade de
Garanhuns mais uma vez não eleger um deputado na eleição deste ano.
Um
político com raízes na cidade, que conheça o município e seus problemas, tenha
contato permanente com a população.
Realmente
as perspectivas não são boas.
Damásio, o
único que até o momento disse abertamente que vai disputar uma vaga na
Assembleia Legislativa, é uma ótima pessoa, um político que merece o voto dos
garanhuenses. Mas será que terá estrutura financeira para bancar uma campanha
que, como se sabe, tem um custo muito alto e por isso favorece empresários,
quem tem por trás de si uma ou mais prefeituras ou a simpatia do Palácio das
Princesas?
Zaqueu
Lins (PRB), que teve 20 mil votos só em Garanhuns, quatro anos atrás,
provavelmente não irá disputar a eleição, optando por apoiar a candidatura de
Claudiano Filho (PP), que apesar de ter residência na cidade tem as suas bases
mais na região de Itaíba e em municípios como Caetés e Calçado.
O
ex-vereador Sivaldo Albino (PPS), se concorrer novamente, corre um risco. Se
tiver menos votos do que na eleição passada praticamente inviabiliza seu grande
sonho, que é ser prefeito de Garanhuns. E mesmo que tenha uma boa votação,
dificilmente terá fora o necessário para garantir o assento na Assembleia Legislativa.
Um
blogueiro do Recife, de ontem para hoje, divulgou uma nota que é um espanto
para nós que vivemos em Garanhuns. Ele informa que o vereador Audálio Ramos
(PSDC) tem um potencial de 10 a 14 mil votos somente aqui no município, caso
dispute o mandato para a Casa de Joaquim Nabuco.
Ora, mais
de 90% da população do município não sabe nem se Audálio é realmente candidato,
como ele pode estar com esse potencial anunciado pelo blogueiro?
Audálio é
um dos melhores quadros da política de Garanhuns, tem todas as condições de
representar o município e região na Assembleia, mas se nem começou ainda a
campanha, como pode o vereador estar com esse cacife todo apregoado pelo
jornalista?
Parece
mais uma nota plantada, por alguém que tem interesse de checar o potencial
eleitoral do vereador Audálio Ramos Filho.
Pessoalmente,
sou inclinado em votar num candidato de Garanhuns, pode ser Audálio, Damásio ou
outro nome capaz de defender nossos interesses.
Agora,
francamente, no momento não vejo a situação favorável para que Garanhuns eleja
um deputado estadual.
E isso
ficará ainda mais difícil se o prefeito Izaías Régis (PTB) apoiar a candidatura
de Álvaro Porto (também do PTB), que então poderá ser o nome majoritário em
Garanhuns.
Álvaro e
Claudiano são bons deputados e na Assembleia têm feito reivindicações pelo
município.
Mas é
claro que eles não vivem a nossa realidade da mesma maneira que Damásio,
Audálio, Zaqueu ou Sivaldo, que pensam Garanhuns 24 horas por dia e se
chegassem à Assembleia defenderiam a terra das sete colinas com amor, garra e
determinação como ninguém.
A
tendência, em 2018, é Garanhuns dividir os votos entre Álvaro, Claudiano,
Priscila, Marco Dourado, Feitosa, Romário Dias e os nativos, que terão menos chances
porque lá fora a votação deles será mínima.
É uma pena
que Caruaru, tão perto, tenha a possibilidade de eleger um ou mesmo dois
federais, três estaduais, se fala que uma das vagas do senado poder ser
oferecida a um político da capital do agreste, que também não será surpresa se completar a chapa de um dos candidatos a governador.
Caruaru,
já fez três vezes o vice-governador de Pernambuco, somente dos anos 90 para cá.
Pobre
Garanhuns que não se une para ter pelo menos um deputado estadual. O último foi
Izaías Régis, em 2010, mas que em 2013 deixou o Legislativo para ser prefeito
do município.
*Fotos:
Audálio, Damásio, Zaqueu, Sivaldo, Álvaro e Claudiano.
DESSES 10 A 14 MIL VOTOS QUE AUDÁLIO FILHO TERÁ. EU ESTOU INCLUÍDO. COM CERTEZA!!!
ResponderExcluirAmigo Roberto Almeida, vez ou outra, ouço estas discussões que o município de Garanhuns não elege filhos, adotados ou naturais, da terra. Retorna o assunto. Em que pese não comungar com esta ideia, entendendo que o candidato eleito, pode muito bem ser profundo conhecer da região e defender os interesses de vários municípios, do contrário, cada município teria que eleger um deputado. Surpreende-me os defensores da tese, sempre estarem divididos, se assim pensam, assim o façam. Unam-se todos na defesa de uma candidatura. Difícil? Muito difícil. Impossível. Todos se admitem certos em seus próprios raciocínios, não permitindo apoios a diferentes. Izaías lançou Zaqueu, sem votos na região e no estado, apenas para receber os votos de Garanhuns. Motivos? Reserva de votos para o futuro. Começa a perder sua reserva pessoal, com a penetração de Claudiano Martins e Álvaro Porto. Haverá o dia que os homens e mulheres serão livres, realmente livres, para exercer o direito do voto, sem a necessidade do candidato oferecer vantagens aqueles que se apresentam como lideranças e proprietários dos votos.
ResponderExcluirUm passeio por Arcoverde ou por Caruaru e um passeio por Garanhuns ajuda a explicar a necessidade de uma cidade da importância de Garanhuns ter representação na ALEPE e na Câmara federal. É ridículo e vergonhoso que o centro econômico do agreste meridional e seus 600, 700 mil habitantes não tenham um representante nos legislativos... por uma análise política sumária, superficial até, no nosso sistema federativo, tal ausência de representação dificulta o desenvolvimento da região e da cidade. Isso não se confunde com a fraqueza e com o oportunismo político dos grupos dominantes em Garanhuns e região, que insistem em estruturar as eleições para que candidatos de fora dominem as votações na cidade e assim possam traficar vantagens; sim, pelo simples motivo de que é mais "fácil'' apoiar políticos consolidados, de fora. Em suma, o eleitor de Garanhuns quer votar em alguém que defenda seus interesses, mas não tem opções... o contrário do eleitor de Caruaru, Arcoverde e outras cidades. Essa sujeição egoística dos figurões de Garanhuns ainda há de custar caro ao futuro da cidade!
ResponderExcluirComentário de uma lucidez extraordinária, este do Jorge Luís. Parabéns, cara!!!
ResponderExcluirSe tem alguém que entende de quociente eleitoral, de como montar uma boa “chapinha” na proporcional, este alguém com certeza é o deputado federal Eduardo da Fonte, que comanda com maestria o PP em Pernambuco.
ResponderExcluirVendo os resultados eleição a eleição das chapinhas montadas por Dudu da Fonte, como é chamado carinhosamente pelos amigos, não é difícil comparar a leveza e a maestria com que Dudu cria tais chapinhas com a de um maestro ao dirigir uma sinfonia.
Junto com os partidos PC do B, PDT, PROS e Solidariedade, o PP de Dudu da Fonte pretende eleger deputados federais já a partir de 50 mil votos. Já para as vagas na Alepe de deputado estadual, o PP vai disputar só, sem coligar com nenhum outro partido na proporcional, onde pretende repetir o sucesso da eleição passada, quando a chapinha montada por Dudu elegeu Joel da Harpa com 19.794 votos, Everaldo Cabral com 20.062, Dr. Valdir com 25.550 votos e Zé Maurício com 27.815. Em outubro Dudu pretende eleger em torno de 12 deputados estaduais pelo PP. Na chapinha para federal Dudu acredita que serão eleitos sete deputados, sendo três pelo PP.