É
espantoso o número de pessoas que têm cometido suicídio em Garanhuns nos
últimos anos.
Praticamente
toda semana está sendo noticiado que uma pessoa tirou a própria vida na cidade.
São
adolescentes, homens e mulheres de diferentes classes sociais ou idades
variadas.
Nas
estatísticas temos policiais civis e militares, estudantes, trabalhadores, donas
de casa.
Em
2013, ano em que o problema já chamava a atenção das autoridades e da mídia, um
site especializado , informava que 13 suicídios foram cometidos em
Garanhuns naquele ano, numa média de 8,14 por 100 mil habitantes.
A
média nacional de pessoas que tiram a própria vida, calculada a partir de 100
mil habitantes, é de 5,01.
Os
dados de 2015, 2016 e 2017 podem ser ainda mais preocupantes. E este ano já
começou com notícias ruins nesse sentido e somente esta semana dois jovens
cometeram suicídio.
Acredito
que está na hora do Governo Municipal, através de secretarias como a de Saúde,
Educação e Assistência Social; Governo do Estado, Ministério Público, Poder
Judiciário, Igrejas Cristãs, Associações de Médicos, entidades ligadas aos psicólogos e outras instituições
e entidades se debruçarem sobre a questão, fazer um estudo do problema para
chegar às causas do elevado número de suicídios, para que a partir daí sejam
tomadas medidas preventivas contra o mal.
Sim,
é um grande mal que está afetando a sociedade local e de algumas cidades da
região. Seja por depressão, alcoolismo, desemprego, falta de perspectiva de
vida, desilusão amorosa, ou qualquer outro fator, tirar a própria vida não
resolve.
É
um gesto de desespero. Alguém pode neste momento está pedindo socorro,
precisando de ajuda, mas todos estão muitos ocupados com seus próprios dilemas,
estão cegos ou surdos e não fazem nada para impedir uma morte que possivelmente
poderia ser evitada.
*Na foto do Imprensa do Agreste o jovem Fabrício Silva, que tirou a própria vida no final de 2017.
Nada mais natural do que as pessoas atentarem contra a própria vida quando não veem mais sentido na mesma.
ResponderExcluirO que deve-se perguntar é: porque as pessoas não vêem sentido em suas vidas aqui em Garanhuns?
Não é muito difícil encontrar ao menos algumas pistas.
A cidade não tem incentivo algum para o desenvolvimento pessoal, as pessoas não são estimuladas ao empreendedorismo, não têm oportunidade de emprego e para conseguir qualquer migalha são obrigados a rastejar nos pés dos politiqueiros sem-vergonhas da região, uma gente mediocre que não merece nem um bom dia. Ao mesmo tempo os jovens são obrigadas a conviver com a ostentação de algumas pessoas que milagrosamente tem uma qualidade de vida de milionários sem ter um emprego, sem ter uma empresa, sem ter uma birosca se quer, sem dar um murro numa cocada! Algo que eu suspeito muito.
As autoridades deveriam investir em INCUBADORAS DE EMPRESAS bem estruturadas na cidade, para estimular as pessoas a criarem negócios e a ganharem dinheiro e gerarem empregos. Isso sim traria estímulos de todo tipo para o município.
Não adianta dar migalhas, bolsas, ou qualquer tipo de esmola às pessoas, tem que se dar oportunidade de crescimento, e INCUBADORAS DE EMPRESAS são oportunidades reais.
Para se ter uma incubadora basta ter um prédio, com estrutura, uma equipe de administração, um conselho de técnicos, um advogado, um contador e um estatuto. Com isso já poderia-se começar a criar editais onde estudantes das escolas e universidades do município, ou até pessoas comuns pudessem submeter projetos para começarem a prestar serviços e vender produtos de qualquer tipo, por um prazo determinado e passado esse prazo, caso houver resultado da-se continuidade, caso contrário da-se um prazo de correção de problemas.
Isso não necessitaria de nenhum gênio, pois já foi implantado com sucesso em várias cidades do Brasil e do exterior.
Por falar em associação de médicos, lembro que entre a comunidade médica o índice de suicídios é bem elevado. /.
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