Carla Laurentina é natural de
Garanhuns e mora atualmente em Salvador, onde se graduou em letras.
Escritora, a jovem está lançando pela Editora Bezz o livro
“A Última Carta”, romance de época que envolve personagens que sobrevieram ao naufrágio
do Titanic, em 1912.
Segundo a autora, a
história é baseada em parte do relato de um dos sobreviventes, o espanhol
Julián Padró Manent, que estava no navio ao lado de sua esposa, Florentina
Durán. Ambos conseguiram escapar do naufrágio e deram uma entrevista a um
jornalista europeu, em 1955.
Em "A Última Carta, o Titanic é um personagem importante do
enredo e o acidente está diretamente ligado à trama.
“Já pensaram em como seria terrível sentir na pele o
naufrágio do Titanic, com toda a aflição, o pânico e o desespero? É o que a
minha protagonista sente em A Última Carta (e é só o começo dessa longa jornada
que se entrelaça com o destino trágico do navio)”, instiga a própria Carla, ao
comentar o livro.
Pequenos trechos do romance da
garanhuense:
“Já pensaram em como seria terrível sentir na pele o
naufrágio do Titanic, com toda a aflição, o pânico e o desespero? É o que a
minha protagonista sente em A Última Carta (e é só o começo dessa longa jornada
que se entrelaça com o destino trágico do navio)”, instiga a própria Carla, ao
comentar o seu livro.
"— A água está tão gelada — eu comento, estremecendo.
— Todos eles irão morrer, Thomas. Afogados, congelados, esmagados. — uma
sensação angustiante e pesada invade-me o peito. — Estão presos, todos
presos."
"A colisão
tinha sido tão leve que alguns nem sequer acordaram. Além disso, a noite estava
tão bonita, ninguém pensaria que um iceberg tinha feito um buraco de 150 metros
de comprimento. (...) A água negra e gelada avançava e subia lentamente pelo
barco e ali percebi que não havia como voltar atrás. Quando estava na altura
dos pés, eu tentei por todos os meios me salvar. (...) Alguns homens pularam no
vazio, outros não se decidiam. Caí em um dos botes que estava sendo arriado,
onde quase todos eram tripulantes. Afastaram-se rápido do Titanic, que parecia
uma baleia a ponto de afundar. Vi como submergia lentamente, mas, depois, cada
vez mais depressa. As luzes se apagaram e as caldeiras explodiram, havia gente
gritando, um redemoinho na água e, de repente, escuridão. O navio tinha
afundado em uma hora. Passamos a noite no bote até que topamos com o navio
Carpathia. Chegamos em Nova York na quinta-feira à noite. Nunca esquecerei as
pessoas esperando no cais, famílias de sobreviventes e de desaparecidos."
Existe uma lenda ou mito em torno do Titanic. De que um funcionário da empresa construtora teria dito, no dia do lançamento do navio ao mar, que: - "Nem mesmo Deus poderia afundar este navio." - No entanto, tudo indica que ninguém dissera que o Titanic seria impossível de afundar. – O certo mesmo é que ele foi a pique, no fim da noite de 14 de abril de 1912. /.
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