O
último encontro que tive com o Monsenhor Geraldo Batista foi na
minha casa. Ele chegou, apreensivo, disse que estava recebendo ameaças em
Capoeiras (não revelou da parte de quem) e disse que tinha sido aconselhado
por um promotor a divulgar o que estava ocorrendo num veículo da mídia que “tivesse
uma boa audiência na região”.
Monsenhor
ficou muito agradecido quando fiz a nota, pedi para que ele lesse e depois
publiquei. Meio sem jeito perguntou quanto custava o meu trabalho e respondi
que jamais iria lhe cobrar por tão pouco.
Ele
saiu com o seu jeito apressado, vestindo a sua inseparável batina e depois não
tive mais notícias sobre as supostas ameaças.
Acompanhei
as notícias de sua doença, morte e sepultamento principalmente pelas postagens
do meu irmão, Júnior Almeida.
Semana
passada estive em Capoeiras e visitei seu túmulo, dentro da igreja matriz da
cidade. Muitas pessoas estão passando pela igreja diariamente e o "cantinho" em que repousam seus restos mortais está coberto de flores.
A
decisão sábia de enterrá-lo no local foi do padre José Augusto, que soube
conquistar Monsenhor Geraldo como poucos. Fez tudo certo após a morte do
sacerdote e por isso hoje tem a admiração e gratidão do povo de Capoeiras. (R.A.).
Nenhum comentário:
Postar um comentário