Ana Paula Arósio em "Como Esquecer"
Maria Fernanda e Paolla Oliveira
Nas
últimas duas décadas a televisão e o cinema têm produzido novelas, minisséries
e filmes com a temática do amor entre mulheres.
A
paixão entre homens vem sendo abordada também, talvez até há mais tempo, mas
chamam a atenção as produções a respeito do lesbianismo tanto no Brasil quanto
em outros países, de uns tempos desses para cá.
Na
televisão a Globo fez uma primeira tentativa de focar o amor entre mulheres na
novela "Torre de Babel”, de 1998, mas as reações foram fortes e a direção da
emissora pressionou o autor do folhetim, que terminou matando as duas
personagens, interpretadas por Silvia Pfeiffer e Christiane Torloni.
O
ano passado a emissora conseguiu tratar com mais profundidade do assunto em “Babilônia”,
quando Fernanda Montenegro e Natália Timberg viveram duas mulheres na faixa dos
80 anos que eram apaixonadas.
Alguns
não gostaram, outros ensaiaram protestos, não faltaram críticas, porém a
história foi ao ar.
Em
termos de minissérie, a Globo produziu duas muito boas, com cenas quentes de
sexo entre mulheres.
Paola
Oliveira e Maria Fernanda Cândida aparecem em cenas tórridas em “Felizes Para
Sempre”, com beijos, abraços e nus que devem ter escandalizado os que não
aceitam naturalmente o sexo, principalmente quando feito por duas mulheres.
Marjorie
Estiano, também atriz global, foi à loucura nas cenas com Paula Burlamaqui,
dentro da série “Eu que te amo tanto”, exibida no Fantástico em 2014.
Flores Raras, com Glória Pires
CINEMA
- Imagine o leitor que até a atriz Natália Dill, que sempre faz personagens
boazinhas (numa delas era chamada de santinha, de tão angelical que parece) nas
novelas, beija e abraça alguém do mesmo sexo no filme “Paraísos Artificiais”.
Na história desse longa ainda rola droga e muito rock and roll, tudo com
Natália Dill no centro da trama.
Ainda
no cinema nacional, o amor entre mulheres apareceu com força em dois bons
filmes: “Flores Raras”, de Bruno Barreto, com Glória Pires e Miranda Otto.
Apesar da direção de um cineasta consagrado, do bom elenco e de contar uma
história real, o longa teve dificuldades para conseguir patrocinadores, por
envolver a paixão entre pessoas do mesmo sexo.
Ana
Paula Arósio, a bonita atriz que fez várias novelas na Globo e depois, por opção
própria, resolveu se afastar da carreira, é a intérprete principal de “Como
Esquecer”, filme dirigido pela cineasta Malu de Martino.
A atriz vive um personagem forte e complicado, que gosta de mulheres, perde o seu
grande amor, sofre muito por isso, mas termina se envolvendo depois com uma
artista plástica.
Os
dois filmes brasileiros abordam o tema sem vulgaridade, com muita sensibilidade
por parte do diretor, no primeiro caso, e da diretora, no segundo.
Em
termos internacionais, duas produções mais ou menos recentes chamam a atenção:
Do
ano passado é o também premiado “Carol”, produção anglo-americana, retratando o
caso entre uma senhora já madura, casada e mãe, com uma mulher bem mais jovem.
A história se passa nos anos 50 e naturalmente as duas apaixonadas tiveram
problemas.
O
filme também conquistou a Palma de Ouro e deu a Rooney Mara e Cate Blanchett a
premiação de Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Atriz.
Na
Espanha, em 2006, foi lançado o filme “Um Amor para Durar”. O romance acontece
entre duas mulheres maduras, em pleno regime comandado pelo ditador Francisco
Franco, que reprimia fortemente o homossexualismo.
A
família de Pilar, professora, como a outra, a interna numa clínica psiquiátrica,
causando muito sofrimento às duas mulheres e deixando a primeira perturbada devido
ao tratamento de “choque”.
Uma
delas termina por se suicidar por não aguentar as pressões.
O
filme é baseado numa história real.
Outro
filme que merece ser citado, dentro do
tema que enfocamos nesta reportagem, é o longa “As Horas”, de 2003, com a
belíssima Nicole Kidman interpretando a escritora Virgínia Woolf.
Este
trabalho recebeu 8 indicações para o Oscar e Nicole ficou com a estatueta de
melhor atriz.
Também
muito bom é “Ao lado da pianista”, filme francês com linda trilha sonora de
música erudita e muito bom gosto em tudo.
Uma
jovem consegue fazer com que uma mulher mais velha e casada se apaixone por
ela. Mas faz isso como vingança, por guardar uma mágoa antiga da outra.
O
que existe de comum entre esses filmes, e mesmo nas séries e novelas, é a exposição
do amor entre mulheres, a mostra do preconceito, da angústia, do sofrimento e
dor, mas também beleza e a lição ensinada na canção popular de Milton
Nascimento: “Qualquer maneira de amor vale a pena, qualquer maneira de amor
valerá”.
O
amor acontece entre dois homens, entre duas mulheres, entre um homem e uma
mulher, independentemente de idade, classe social ou qualquer outro fator.
Pode
trazer muita felicidade, mas também sofrimento.
Sempre,
no entanto, é preferível ao rancor, ao ódio e à intolerância.
O Azul é a Cor mais Quente
Carol
Gostei pq traz informação e derruba preconceitos
ResponderExcluirO Brasil está com uma bomba chamada previdência, bem embaixo de seu traseiro. Há décadas as famílias geravam muitos filhos, as mulheres queriam ser mães e tinham 5, 6, 7, 8 ou dezenas de filhos. Cada filho desses no futuro, poderiam tornar-se trabalhadores e contribuir com a previdência, que tem a única missão de bancar as aposentadorias dos idosos com a contribuição previdenciária. Acontece que hoje as "FAMILIAS" brasileiras , mal têm uma taxa de 2 filhos por casal. O resultado é um grande contingente de idosos, e poucos jovens trabalhando para sustentar suas aposentadorias.
ResponderExcluirE qual a solução que os gênios esquerdistas estão promovendo? RELACIONAMENTOS GAYS (que não geram filhos), ABORTOS (que exterminam filhos), e INSTRUMENTOS, QUÍMICOS, FÍSICOS E PSICOLÓGICOS ANTICONCEPCIONAIS. Tudo em nome da felicidade individual da massa de trouxas que irão sofrer na velhice por causa de seu posicionamento imbecil, egoísta e momentâneo na juventude.
Mas, quer saber... Eu acho que toda essa gente merece todo o sofrimento que as aguarda, estão matando seu próprio futuro em nome de atividades recreativas idiotas na juventude.
Aparentemente existem organizações internacionais trabalhando para utilizar os meios de comunicação de massa para manipular a fragilidade intelectual das pessoas buscando um certo controle populacional. O problema é que esse controle populacional só está funcionando nos países onde as pessoas têm um mínimo de liberdade, ou seja, os países capitalistas e ocidentais.
ResponderExcluirEm pleno ano de 2016, quase NADA nos deve surpreender!! - Mulher com mulher, eu entendo e até aceito!! - Mas, "homem" com "homem" (??), NÃO dá pra admitir... Eu penso ASSIM !!! /.
ResponderExcluirRoberto Almeida como sempre, trazendo postagens belíssimas, cheias de valoração social e conteúdos atuais. Neste post pode-se perceber a clareza nas informações mostradas, o tema homossexualismo é tratado de forma respeitosa e contundente.
ResponderExcluir