Por Amanda Fonseca*
Oi
Pessoal!!! Eu gostaria de passar para vocês um pouco da experiência que eu e o
meu marido tivemos de sete dias no mar mediterrâneo.
Tudo
começou com a primeira busca … que lugar poderemos viajar em um período de 12
dias antes do verão (nos EUA)? Nossa…
pensamos em vários lugares, mas nenhum tinha dado aquele friozinho na barriga.
Após
ouvir opiniões diversas, eu gostei da ideia em ter uma experiência ao encontro
do mar mediterrâneo, sem contar que o roteiro estava simplesmente espetacular,
imagina só: Itália, Croácia, Grécia e a Turquia, muito mais do que eu poderia
imaginar.
Roteiro
definido, tickets comprados para o cruzeiro, só faltavam as passagens aéreas de
ida e volta, uma vez que o cruzeiro sairia da Veneza, Itália. Por pura sorte,
encontramos passagem saindo de Washington DC com conexão em Dublin (Irlanda)
com destino a Veneza. Okay … tickets comprados, tudo planejado, agora seria
apenas esperar o momento para viver intensamente esta Aventura!!!
Nas
vésperas da viagem é que foram feitas as malas, nossa… essa parte sem dúvida
foi a mais chata, eu poderia esquecer qualquer coisa, menos a bandeira de
Pernambuco, adrenalina PURA!!!!
Saimos
de Washington no dia 26 de maio, a viagem durou em torno de sete horas para
a primeira parada, na Irlanda (em Dublin),
ficamos lá no período de duas horas apenas, seguindo assim a Veneza, na Itália.
Desembarcamos
em Veneza no horário previsto do dia 27 de maio. Uma coisa muito legal na cidade
italiana é que o transporte público é feito através de barcos, conhecidos como
vaporeto.
A
comunicação a princípio tinha a mistura do portaliano (português com o meu italiano…nossa!!!).
Uma coisa é certa, os italianos não escondem o jeito latino de ser através das
suas expressões linguísticas e corporais. Após termos perdido a nossa parada,
tivemos que pegar outro vaporeto (barco) para o hotel. Ao andarmos nas vielas
de Murano (Veneza) eu me apaixonava pelas casas com suas janelas grandes e
antigas, roupas estendidas no varal, flores decorativas, ruas limpas, cheiro de
lavanda, senti que tinha entrado na
máquina do tempo em que não havia carros, motos, barulho, nada!….
Tudo
ao redor era cercado por água. O ponto interessante e turístico de Murano é a sua
famosa arte feita por artistas locais em criar objetos mais diversos através de
vidros. No final da tarde, eu e meu Mario, Dani, jantamos em um restaurante com a vista linda
das águas de Veneza, na companhia de um bom vinho e macarrão.
No
dia seguinte saímos de Murano com destino ao porto de Veneza para fazer
despachar as nossas malas e fazer o “check-in” do navio. Não imaginávamos que
iríamos ficar no período de sete dias no
titanic…. Rsrsrs.
É
engraçado e ao mesmo tempo espantoso o tamanho do nosso navio, ao menos foi
para nós. Um navio que tinha simplesmente TUDO que você possa imaginar: 12
andares, restaurantes, cassino, spa, teatro, cinema, clube, piano bar, shopping
center, piscina, academia….
A
preocupação que eu tive em ficar no meio
do nada tinha sumido. Como ficar no meio
do “nada” com tantas coisas para ir/fazer em um só lugar?! Com toda adrenalina e entusiasmo, o cansaço
tinha batido um pouco e depois de um cineminha fomos dormir, até porque temos
que descansar para a primeira parada, a Croácia. Algo muito bacana é a
organização do navio, que envia diariamente para cada tripulante a programação
completa do dia seguinte.
Dubrovnik,
na Croácia foi a primeira cidade em que paramos para conhecer. A cidade tem
vários pontos interessantes, como: todos os telhados da casa têm a cor
vermelha, a tão famosa série “Games of Thrones” tem o cenário copiado de
Dubrovnik, ou seja, é um estilo bem medieval, muito belo!!!
Tivemos
o período de oito horas para desfrutarmos, com isso, cada tripulante/passageiro
faz a sua opção como usar este tempo. Bem…eu e o Dani andamos, conhecemos a
parte de cima da cidade, andamos pelas pontes feitas de madeira, tiramos
inúmeras fotos de paisagens lindas. No final, eu sentei no chão e apreciei (com
um bom vinho) a apresentação de músicos locais. E claro que a minha bandeira
pernambucana tinha sido batizada nesta terra tão linda. Ao retornarmos no
navio, nos arrumamos para o jantar e assistir um show que estava programado.
No
dia seguinte, o navio não parou e para os tripulantes (nós) tínhamos a opção de
usufruir deste “titanic”. Após um certo tempo, eu consegui andar no navio sem
me perder ….rsrsrs. Neste dia foi feito o jantar de gala com a presença do
comandante/capitão Mike, com apresentação de bandas ao vivo cantando músicas de
várias nacionalidades, entre elas a música brasileira, é claro!!! Dormimos
cedo, até porque no dia seguinte seria um meu tão esperando encontro com a
TURQUIA!!!!
Eu
tinha acordado bem mais cedo do que eu esperava, devia ter sido a ansiedade,
então eu comecei a imaginar o que estava por vir, não teve outra, no momento em
que o capitão tinha comunicado a nossa chegada lá, eu simplesmente pulei e subi
no balcony para ter a primeira impressão.
É
incrível como a alegria irradia, assim eu estava, uma pernambucana no meio de
tantas outras pessoas irradiantes. Devido os conflitos religiosos inesperados
na Turquia, eu e Dani resolvemos sair em grupo turístico, a nossa guia era muito fofa, ela nos levou no
local em que Maria (mãe de Jesus) tinha passado os seus últimos dias, este
lugar tem uma fonte de água, que é considerada uma água santa e várias pessoas
vão para beber e coletar.
A
próxima parada foi em Éfeso, um cidade antiga construída há mais de 3.000 anos
antes de cristo por romanos e gregos. A cidade doi restaurada devido a passagem
no século VII de um terremoto, um lugar mágico com a sua peculiaridade
histórica.
Após
passarmos na parte histórica, fomos almoçar em um ponto turístico para
apreciarmos a comida turca/mediterrânea…. Delícia!!! A parte melhor, sem
dúvidas foi a sobremesa famosa de lá, baklava!!! Após o almoço, foi apresentada
uma peça teatral no tempo dos egípcios e eu aproveitei o ensejo e batizei a
nossa bandeira!!
Através
deste passeio em grupo, nós conhecemos um casal brasileiro do Paraná e desde
então ficamos juntos, coisas de brasileiros!!!
Seguimos para a cidade de Kusadasi, onde estava o porto, e fomos
‘turistar’…. Uma coisa eu posso dizer sem dúvidas: os turcos gostam de barganhar,
faz parte da cultura!!! Bem…ficamos até o ultimo momento em que podíamos antes
de voltarmos para o navio, sonho realizado, agora eu posso dizer: eu vi a
Turquia e eu sei que ela também me viu!!!
Parada
de amanhã: Grécia – Santorini e para
aproveitar este paraíso tão falado, nada melhor do que um bom banho, janta e
dormida para recompor as energias gastas na Turquia. Infelizmente, eu mal
dormi, fiquei com febre a noite toda e a minha preocupação era se eu não
melhorasse, como eu iria ver Santorini?!
O dia
amanheceu, só que o meu corpo estava meio ‘enfermo’, tomei remédio e falei ao
Dani que eu iria, mesmo ficando apenas no período de algumas horas, mas eu
iria!!! Para chegar na ilha de Oia,
pronunciada Ilha de “IA” havia três opções: montada nos famosos
burrinhos de Santorini, caminhando ou de barco, demos preferência de barco: Eu tenho várias coisas para relatar sobre a
Grécia, então eu tentarei ser clara.
No
meu ponto de vista, é a cidade mais linda que vocês possam imaginar. É o
encontro entre o céu e a terra aos redores do mar mediterrâneo, as casas são
lindas pintadas de branco e azul, é difícil e até injusto comparar qualquer
outra cidade com Santorini, eu não sei se eu ria ou chorava, eu não consegui
acreditar que estávamos lá!!! Até a minha febre tinha amenizado.
No
meio de tantas subidas e descidas, resolvemos para em um local com uma vista
panorâmica, comer algo e apreciar aquele momento por um tempo. No meio de tanta
beleza natural, os problemas da sociedade também estavam em destaque.
A
Grécia já está passando por problemas financeiros há um tempo e as coisas se
agravaram após a chegada dos refugiados da Síria. Ao nos depararmos com essa
imagem, uma cidadã grega nos contou que chegava por dia 4.000 pessoas em
barcos. Saímos da ilha de Oia para Fira,
um outro local turístico de Santorini e no final da tarde, confesso que foi
difícil dizer “tchau” para um lugar com tanta beleza e riqueza natural. O pôr-do-sol
daquele dia aconteceu por volta das 21:00hs e enquanto o sol ia se despedindo
com o encontro do mar tão limpo e azul eu agradeci a Deus por mais um sonho
realizado.
A
nossa última parada foi na cidade de Katakolo, na Grécia. Essa cidade tem um
ponto mundialmente importante, no tempo conhecida como Olympia, a cidade onde
deu início aos jogos olímpicos. Há cada quatro anos, é feita a celebração da
abertura dos jogos olímpicos neste local. É um porto pequena, com praias aos
seus redores. Ao voltarmos para o navio, demos seguimento a programação
noturna, com o famoso “Farewell” (despedida), com shows, música, dança e a
apresentação das bandeiras de algumas nacionalidades.
Tentamos
aproveitar o máximo do ultimo dia do navio, que foi muito bom ao som de músicas
ecléticas, dança, despedidas e aquele gostinho de querer mais. No dia quatro de
junho desembarcamos na Veneza, que também foi o nosso ponto de partida. Ficamos
dois dias nesta cidade tão turística, passamos pela ponte do suspiro,
atravessamos o canal, comemos massa e tomamos vinho. Ficamos próximos da Piazza
San Marco, eu entrei na Basílica San Marco , que é banhada a ouro, sentei no
meio da praça e capturei a imagem de 360 graus para a posteridade.
Uma
das coisas que eu mais gostei de fazer em Veneza, foi me perder, desta forma eu
conseguia encontrar lugares incríveis, sabe aquela música do Caetano Veloso: Ëu
vou sem lenço e sem documentos, nada no bolso…”, mas com a camera na
mão….rsrsrsrs. O que eu posso falar da impressão que eu tive de alguns
italianos: diretos, bonitos, expressivos e um pouco sem muita paciência (alguns
deles). Lá nos despedimos e fomos rumo a nossa última parada: Irlanda
Okay
… A Irlanda não estava ‘totalmente’ nos nossos planos, a idéia de ficar lá foi
elaborada da segunda forma: já que iríamos fazer conexão na Irlanda de qualquer
forma, porque não ficar na capital em um dia?! Ao chegarmos na terra da banda
U2, deixamos as nossas malas no aeroporto e só pegamos o básico. Eu adorei a
primeira impressão que eu tive dos irlandeses: super atenciosos e simples!!! Pegamos um ônibus e paramos perto do hotel,
assim deduzimos, que iríamos ficar. O detalhe é que os nossos telefones não
pegavam internet e o nosso “GPS” era boca-a-boca.
Finalmente,
encontramos o hotel e fizemos o check-in, como Dani estava cansado ele quis
ficar e descansar um pouco, e quanto a mim?! Eu peguei a minha mochila (toda
equipada) e fui andar. Neste tempo, eu consegui ver vários pontos turísticos da
cidade, entrei no Temple Bar, o bar mais famoso, e experimentei a cerveja
doméstica de lá. Uma coisa eu posso dizer, os irlandeses adoram festas e tudo é
motivo de celebração (lembram os brasileiros). Eu me deliciei ao sentar em
outro pub (vários) e ouvir a tradicional música irlandesa com a percussão de
violão e violin, show!!!!!
No
dia seguinte, eu tinha me acordado super cedo e fui andar um pouco mais. Em uma
das paradas, eu andei no jardim do castelo de Dublin, um sentimento
inenarrável. Depois de algumas horas de caminhada, eu retornei ao Hotel, tivemos o café da manhã
tradicional de lá, andamos mais um pouco, e voltamos para o aeroporto cedo, já
que iríamos passar pela imigração de qualquer forma, rumo aos EUA. Sem dúvidas
eu quero voltar a Irlanda e ver o lado
oeste deste país.
Ao
chegarmos de volta à nossa realidade, EUA, abrimos a porta de casa e sentimos a
sensação de missão cumprida, uma viagem inesquecível de conhecer cinco lugares
totalmentre diferentes, ter uma experiência no navio e o mais importante,
voltar para casa em paz!!!
Resumo
desta Aventura: É muito bom fazer cruzeiro para poder conhecer vários países,
sem se preocupar com alimentação, estadia e outras situações corriqueiras. Sem
contar que também é mais econômico do que viagens aéreas. Com essa viagem, eu
posso dizer que eu vi diferentes nações, com os seus diferentes costumes
culturais, como em qualquer outro lugar do mundo, mas uma coisa que esses
lugares não tem de forma alguma: A hospitalidade brasileira!!!!
*Amanda Fonseca é garanhuense. Passou a infância se dividindo entre Garanhuns e Lajedo, trabalhou como contadora, fez administração na AESGA, até que com a cara e a coragem foi embora para os Estados Unidos. Lá conheceu o Dani, americano filho de israelenses, com quem vive nesse clima de lua de mel descrito na crônica acima.
A Amanda deveria ter dividido essa história admirável em três publicações! - De uma só vez, ficou muito longo! - E essa "aventura" deve ser lida por todas as pessoas que gostam de CULTURA. - Eu vou ler em três etapas. Porque, de um só fôlego, gasta muito tempo. - Já li até a Croácia ("... Dubrovnik, ou seja, é um estilo bem medieval, muito belo!!!" - disse ELA). – 2. Ao ensejo, PARABENIZO Amanda pela iniciativa de nos falar sobre seu passeio pelo Mar Mediterrâneo. – Isso me trouxe boas lembranças de um giro que fiz pela Europa. /.
ResponderExcluirLi a segunda etapa. - Até aqui, onde a Amanda escreveu: "O pôr-do-sol {pôr do sol} daquele dia aconteceu por volta das 21:00hs {21h} e enquanto o sol ia se despedindo com o encontro do mar tão limpo e azul eu agradeci a Deus por mais um sonho realizado." - 2. Falta pouco. - Depois, continuo. /.
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