Depois de intensos dez dias de atividades
artísticas, culturais e de formação, pela 26ª vez, o Festival de Inverno de
Garanhuns se consagra como um dos maiores do país, pela qualidade, diversidade
e público visitante. Homenageando o músico Naná Vasconcelos, pela sua
brilhante contribuição à arte e a cultura do país, o 26º FIG foi um
sucesso e atraiu visitantes e turistas de todo agreste e outras partes do país.
Tendo como grande vitrine o palco da Praça Mestre
Dominguinhos – onde se apresentaram grandes nomes da música nacional, a
exemplo este ano de Gal Costa, Elza Soares, Elba Ramalho, Alceu Valença, Zeca
Baleiro, Otto, Margareth Menezes e Biquini Cavadão – o FIG é cada vez mais,
também, das artes visuais, do teatro, do circo, da dança, da literatura, do
audiovisual, do artesanato, dos patrimônios culturais, dos pontos de cultura e
também da educação.
Foram 500 ações artísticas de todos os
segmentos, em mais de vinte polos de programação, e um público circulante que
girou em torno de 350 mil pessoas. O orçamento reduzido não impactou na
qualidade das ações e no incremento do formato. Este ano, algumas novidades
foram apresentadas: o projeto Som na Rural, que durante oito dias apresentou
uma mostra de músicos e bandas da cena contemporânea mais autoral e
experimental de Pernambuco.
Destaque também para a 1ª Mostra de Teatro
Alternativo, na Casa Galeria Galpão, bem como a realização de 15 Intervenções
Teatrais de Rua, ação que pretende atingir novos públicos para o teatro. Feito
em parceria com o Movimento de Teatro Popular de Pernambuco, aconteceu nas
ruas, feiras e praças, com diversos grupos de teatro de rua com uma proposta
dramatúrgica de discutir temas e questões comuns que fazem parte da realidade
de muitos, como o racismo, a política, a violência contra a mulher, etc.
Estima-se que até 7 mil pessoas tenham sido atingidas com esta ação.
Novidade também foi a volta do circo para o Parque
Euclides Dourado, a mudança de endereço do Palco Pop Forró e a ampliação do
projeto Outras Palavras, um programa da Fundarpe e Secult de estímulo a ações
articuladas entre Cultura e Educação.
Realizado pelo Governo de Pernambuco, por meio da
Secretaria de Cultura de Pernambuco e da Fundarpe, o FIG este ano contou com
recursos públicos da ordem de R$ 6.5 milhões. Este ano, o Governo celebrou
parcerias importantes. Além da Prefeitura de Garanhuns, o FIG contou com
a CEPE e o Sesc, que custearam ações na Praça da
Palavra, além de no teatro e dança; e o Sebrae, que foi parceiro na
execução do Armazém da Arte e Negócios, que levou mestres artesãos
pernambucanos para expor e vender seus produtos no Pavilhão. Com público
recorde, o Armazém promoveu negócios na ordem de R$ 100 mil reais.
“A integração entre as instituições foram
decisivas para manter o FIG no mesmo padrão de qualidade e diversificação. Após
dez dias intensos de arte e cultura, vamos construindo também um modelo mais
viável para que possamos manter esse evento, que é um patrimônio do povo
pernambucano”, coloca o secretário de Cultura de Pernambuco Marcelino
Granja.
Para a presidente da Fundarpe, Márcia Souto, mesmo
com um orçamento menor, o FIG está consolidado como um festival de qualidade,
uma mostra artística que atrai a atenção da mídia de todo país. “A
repercussão positiva deste evento é uma prova de que seu formato está
consolidado. Ou seja, de ser um festival democrático, construído a partir de
convocatórias públicas e comissões de análise formadas por profissionais de
cada setor, o que atesta a qualidade do que está sendo levado para os shows, as
mostras, palestras, debates, oficinas, e apresentações de um modo geral”,
diz Márcia. Márcia também destaca debates políticos importantes que
aconteceram no FIG, que discutiu questões de gênero, e da diversidade cultural,
do patrimônio e educação.
A secretária executiva Silvana Meireles, confirma a
importância das parcerias, este ano, no FIG. “A parceria com a CEPE vem
sendo ampliada nesses dois últimos anos em várias ações da Secult e da
Fundarpe. A Praça da Palavra e a co-realização do ‘A gente da Palavra’ são
provas da consolidação dessa parceria, um esforço do governo em prol da leitura
e da cidadania. O Sesc abrigar a expo de Daniel Santiago foi um dos
acontecimentos mais importantes, artista singular para o segmento no país”,
pontuou.
Assim como no ano passado, o FIG 2016 mais uma vez
promoveu e aproximou o diálogo entre Cultura e Educação, tendo a ação do Outras
Palavras como principal vetor deste enlace. O objetivo do projeto – que reuniu
cerca de 300 pessoas, entre gestores da Secretaria de Cultura, de Educação,
professores e estudantes - é garantir que o público das escolas públicas tenha
acesso a toda diversidade cultural do estado, para além do que estabelece o
currículo escolar. “Por isso o nome Outras Palavras, para sair do
tradicional que há nas escolas, fazer com que os jovens conheçam novos
escritores, além de todas as expressões da arte, além de estimular estudantes
que já se destacam em expressões artísticas”, diz a vice-presidente da
Fundarpe Antonieta Trindade.
Além do Outras Palavras, a Educação no FIG
promoveu o desenvolvimento do aplicativo FIG 2016, por alunos do curso de
Manutenção e Suporte em Informática da Escola Técnica Estadual de Bezerros.
Contou ainda com 30 estudantes pós-intercambistas do programa Ganhe o Mundo,
que foram envolvidos em diversas atividades do FIG, tais como as oficinas de
formação, e produção da Praça da Palavra e dos palcos Dominguinhos, Cultura
Popular, Pop e Forró.
Foram em torno de 240 apresentações musicais,
espalhadas pelos palcos Dominguinhos, Pop Forró, Cultura Popular,
Instrumental, Pontos de Cultura e Mamulengos, além das ações de Preservação
do Patrimônio, Música na Catedral, Programa do Conservatório de Música e Som na
Rural. O projeto foi a novidade musical do FIG este ano, reunindo um
público de 800 a mil pessoas, por noite, nos intervalos do Palco Pop.
A cada ano cresce no FIG o interesse das pessoas
pelas artes visuais, fotografia, design e moda. Essas linguagens tem
endereço certo no FIG, que é a Casa Galeria Galpão. O sucesso do lugar é tanto
que este ano ele ganhou uma mostra de Teatro Alternativo. O espaço
recebeu, até o último dia do FIG, um público em torno de 4.500 pessoas.
Entre as ações que se destacaram este ano, e mais despertaram o interesse do
público, está o AcervoBoutique, das figurinistas, especialistas em garimpar
peças de vestuário pelo Brasil e mundo afora, Carol Monteiro e Maria Rosa.
O artista plástico Cavani Rosas expôs desenhos,
cenários e storyboards na exposição Cavani vai do Cinema. O fotógrafo Ricardo
Labá deixou hipnotizada a plateia de sua intervenção Labá + O som das Imagens,
na qual cria, ao vivo, uma trilha sonora percussiva para suas fotografias. (Da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Cultura do Estado).
Nenhum comentário:
Postar um comentário