O deputado Álvaro Porto (PSD) voltou a denunciar a
falta de segurança e a cobrar do Governo do Estado soluções efetivas para a
diminuição da violência no Agreste Meridional. Em discurso na Assembleia
Legislativa, nesta segunda-feira (23.05.16), ele informou que agricultores
estão sendo obrigados a se armar para levar o que produzem às feiras de cidades
daquela região. Mesmo na base do governo, afirmou que o Pacto pela vida faliu,
salientou que a Secretaria de Defesa Social se ressente da falta de comando e
disse que governador Paulo Câmara (PSB) precisa tomar, urgentemente, uma atitude
para socorrer a população. “As pessoas estão apavoradas e reféns, nas suas
casas”, frisou.
As declarações de Porto fazem eco à realidade vista
por ele durante visitas feitas a mais dez municípios do Agreste, entre
quinta-feira (19.05) e domingo (22.05). “As queixas sobre a violência se
multiplicam. É assombroso ver um pequeno agricultor ir à feira carregando uma
arma”, disse, acrescentando que apenas neste fim de semana seis homicídios
foram registrados na área atendida pelo 9º Batalhão de Polícia Militar, sediado
em Garanhuns.
Em conversas com PMs e prefeitos, o deputado
salientar que as reclamações se repetem. “Não há como atender as ocorrências
com viaturas que quebram no meio do caminho”, disse. “Sobre este aspecto,
inclusive, cabe perguntar: se as viaturas usadas pelas polícias estaduais são
de locadoras, por que não se renova a frota? Se as contas dos contratos
estão sendo pagas, por que a frota permanece sucateada? Nada justifica esta
realidade”, completou.
No seu discurso, Porto salientou que o fracasso do
Pacto pela vida é atestado pelos números que mostram a ocorrência de 1.412
assassinatos em Pernambuco entre 1º de janeiro a 30 de abril deste ano. Este
total que supera em 105 o número verificado no mesmo período em 2015.
O deputado lembrou que exatamente em maio de 2015
ocupou a tribuna para denunciar a falta de segurança do Agreste, evidenciada
nos homicídios e sequestros, inclusive de políticos. Citou também que teve
audiência com o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, há um ano,
ocasião em que o próprio admitiu falhas na estrutura das polícias. Na época o
secretário enfatizou a limitação no combate ao crime, uma vez que apenas dois
policiais por vez circulavam nas viaturas. Revelou também a defasagem de 70 delegados
no estado.
Álvaro Porto foi aparteado por Priscila Krause
(DEM) e Edilson Silva (PSOL). Ambos endossaram a falta de política efetiva de
combate à violência por parte do governo Paulo Câmara.
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