A
mais recente edição da revista Cult, uma das melhores publicações do Brasil nas
áreas cultural e literária, traz um conjunto de reportagens especiais sobre a
escritora e filósofa francesa Simone de Beauvoir.
Numa
entrevista à Cult, Sylvie Le Bon de Beauvoir fala sobre a obra da escritora e
defende o ponto de vista que o livro “O Segundo Sexo”, lançado em 1949, ainda hoje é uma obra importante, tanto que
continua sendo traduzido para vários idiomas. A mulher conquistou muitos
avanços, nas últimas décadas, mas ainda é discriminada e oprimida em muitos
países, principalmente os que são dominados por fundamentalistas, lembra
Sylvie.
Simone
de Beauvoir nasceu em Paris em 1908 e morreu na capital francesa em 1986. Filósofa
e escritora existencialista, foi parceira e companheira de Jean-Paul Sarte, com
quem viveu um relacionamento aberto durante toda a existência.
Após
a morte de Sartre, sua companheira escreveu a “Cerimônia do Adeus”, em que
narra o fim da existência do escritor e parceiro. Simone revelou que não
acreditava em Deus aos 15 anos de idade, entrando em confronto com o pai, advogado
e pertencente a alta burguesia francesa.
Nos
seus livros autobiográficos, a filósofa existencialista reiterou o seu ateísmo,
suas ligações com a esquerda e contou as lutas que ela e Sartre travaram contra
o fascismo, o nazismo, o colonianismo na Argélia, a invasão da antiga
Tchecoslováquia pelos russos e a guerra do Vietnã.
Simpatizantes
do PCB Francês, Sartre e Simone Beauvoir também terminaram por adotar
uma postura crítica em relação aos comunistas, com quem romperam.
Intelectual
respeitada na Europa e no mundo inteiro, a escritora e feminista terminou sendo
motivo de polêmica no Brasil, este ano, ao ter uma frase sua citada na última prova do ENEM realizada
no país.
Sylvie e Simone Beauvoir na Cult
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