O aumento no preço do milho, soja e farelo, acompanhado da
disparada no valor do combustível, frete e do dólar americano provoca um
cenário de crise para a avicultura pernambucana, responsável por gerar
150 mil empregos diretos e indiretos no Estado. O problema afeta desde
pequenos criadores até grandes produtores. A atual situação do setor
será apresentada nesta terça-feira (2), às 10h, na Assembleia
Legislativa de Pernambuco (Alepe), pelo presidente da Associação Avícola
de Pernambuco (Avipe), o agrônomo Edival Veras.
As
dificuldades começaram nos últimos anos, durante o início do período de
seca pelo qual passa o Estado, e que segue provocando reflexos em
vários municípios. Entre eles, São Bento do Una e Garanhuns, onde a
avicultura gera trinta mil empregos diretos, sendo uns dos mais
importantes produtores avícolas em Pernambuco, que já sente os efeitos
da crise econômica. De acordo com o presidente da Avipe, já houve
aumento de 20% no custo devido à falta d'água principalmente no Agreste e
Sertão de Pernambuco. "O produtor está tendo um custo de R$ 2,80, em
média, para produzir um quilo de frango e vendendo até abaixo disso",
afirmou o agrônomo.
Ainda segundo Veras, a
Avipe "pede o empenho do Governo para pensar em conjunto uma solução
para o setor." O convite foi feito por meio da Comissão da Agricultura,
Pecuária e Política Rural da Alepe, presidida pelo deputado estadual
Miguel Coelho (PSB).
A crise também atinge o
país como um todo. Porém, devido ao surto de Influenza aviária
registrado nos Estados Unidos nos últimos meses e dos embargos dados à
nação estadunidense por países como México, Canadá, China e Coreia do
Sul -, o Brasil poderá lucrar na produção de carne de frango no mercado
internacional, onde ocupa o primeiro lugar há duas décadas.
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