PREFEITURA MUNICIPAL DE GARANHUNS

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TODO O TALENTO DE PETRÚCIO AMORIM


CULTURA - Petrúcio Amorim, 57 anos, é um dos orgulhos de Caruaru e de Pernambuco.

Assim como Flávio José é melhor intérprete dos ritmos nordestinos depois de Luiz Gonzaga, Petrúcio é sem dúvida, o melhor compositor da música regional da atualidade.

Bastam três canções do artista caruaruense para comprovar seu talento e sensibilidade: Dono do Mundo, Cidade Grande e a antológica Tareco e Mariola.

Petrúcio nasceu no bairro de Vassoural, na capital do Agreste e nas suas músicas canta como poucos o lugar em que nasceu. No início da carreira, ao levar seguidos nãos para se apresentar no São João de sua cidade, ficou com aquilo “entalado”. No Recife, sentou na varanda pensou muito e criou uma obra prima como resposta ao burocrata insensível.

Eu não preciso de você
O mundo é grande e o destino me espera
Não é você quem vai me dar na primavera
As flores lindas que eu sonhei no meu verão
Eu não preciso de você
Já fiz de tudo pra mudar meu endereço
Já revirei a minha vida pelo avesso
Juro por Deus, não encontrei você mais não

A universidade de Petrúcio Amorim foi o mundo, a vida, mas qual um Patativa de Assaré ele tem a sensibilidade que muitos doutores não têm.

Tanto que numa entrevista à TV Asa Branca, num programa impecável exibido hoje, na televisão caruaruense, o cantor revela suas maiores influências: Luiz Gonzaga, Chico Buarque e Roberto Carlos.

“Gonzaga mostrou o Nordeste, Roberto canta o amor como ninguém e Chico revela o Brasil verdadeiro, que está escondido”, filosofou.

Matuto de Caruaru, a primeira vez que foi ao Recife tomou um choque. E produziu esta pérola, que está atualíssima:

"Cidade grande, moça bela

Tu tens o cheiro da ilusão

Quem passou na tua janela

Já conheceu a solidão
Cidade grande

Chaminé de gasolina

Foi minha sina

Nos teus braços vir parar
Tua grandeza
Me levou a um delírio
Feito um colírio
Clareando o meu olhar
Cidade grande
Paraíso da loucura
Quem te procura
Feito eu vim te procurar
Sofre um bocado
Pra entender o teu mistério
Falando sério
Foi difícil acostumar (Refrão)

Teu movimento

Eu comparei a um formigueiro

De tão ligeiro

Comecei a imaginar
Meu Deus do céu
Como é que a felicidade
Nessa cidade
Acha um espaço pra morar
Minha tristeza
Rejeitou tua alegria
Num belo dia
Quando eu pude perceber
Que o progresso
É que faz do teu dinheiro
Um cativeiro
Onde se mata pra vive.

Petrúcio Amorim, Maciel Melo (autor de Caboclo Sonhador, que poderia também ter sido composta pelo caruaruense), Jorge de Altinho, Flávio José, Fagner, Elba Ramalho. 
Esses nomes estão ligados às composições do primeiro e a música nordestina, num som de qualidade muito acima do lixo divulgado no Faustão, Regina Casé e outras inutilidades do plim plim. 
Se Exu deu ao mundo o talento de Luiz Gonzaga, se em Garanhuns nasceu o Mestre Dominguinhos, Caruaru pode ser orgulhar dos seus artistas, como Petrúcio Amorim.
Os artistas, os poetas, fazem o mundo menos árido e mais bonito.
"Desigualdade
Rima com hipocrisia
Não tem verso nem poesia
Que console o cantador
A natureza na fumaça se mistura
Morre a criatura
E o planeta sente a dor
O desespero
No olhar de uma criança
A humanidade
Fecha os olhos pra não ver
Televisão: fantasia e violência
aumenta o crime e cresce a fome do poder
.
Eu não sou dono do mundo
Mas tenho culpa porque sou filho do dono...."  (Filho do Dono - Petrucio Amorim).

Um comentário:

  1. Olá Roberto!
    Concordo com cada palavra sua no que diz respeito a esses gênios da música Nordestina. Ainda vou além, acho que a música mundial e brasileira ambas, andam em decadência. Em especial a brasileira é claro. Vivemos num capitalismo desenfreado, aonde hoje em dia o artista está mais preocupado com o dinheiro e a ostentação, e música boa que é bom, nada!
    Por isso bato palmas para Petrúcio Amorim, Fagner, Maciel Melo, Santana, Elba Ramalho, Flávio José, Zé Ramalho, Adelmário Coelho, Trio Nordestino e tantos outros que mantem a memoria e o ritmo criado por Luiz Gonzaga e perpetuado por nosso conterrâneo Dominguinhos. Essas referências ainda nos faz acreditar no forró como um ritmo tão importante como outros tantos, e até mais que ritmos sem valor algum, e que estão sempre em evidência na mídia nacional. Ah, é bom não confundir o autentico forró, com esse lixo de forró de plástico que existe hoje em dia, isso é um câncer na música nordestina é o joio da nossa música infelizmente.
    Abraços

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