Desde a última
terça-feira (24/3), mais de 30 jornalistas das equipes dos jornais Diario de
Pernambuco e AquiPE e cerca de 100 profissionais de outras áreas foram
demitidos. Nesse grupo estão editores, repórteres, diagramadores, ilustradores
e fotógrafos — um deles com 40 anos de casa. Também foram cortados integrantes
da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), dos gráficos, da
administração, transportes, marketing, alimentação e recursos humanos.
Os cortes foram
feitos pelo Grupo Opinião de Comunicação
(GOC), controlado pelo Canadá Investimentos, proprietário da Hapvida, nova
holding das publicações. Em janeiro desde ano, a empresa adquiriu 57,5% da
participação societária nas empresas de comunicação do Grupo Diários
Associados, e assumiu o controle do Sistema Associado de Comunicação, TV
Borborema, Rádio e TV O Norte; as rádios Poti, O Norte e Borborema, Diario de
Pernambuco e AquiPE.
Nesta quarta-feira
(25/03), o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Pernambuco
(Sinjope) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgaram uma nota de
repúdio à ação da empresa. O texto diz que com as demissões, o grupo compromete
a credibilidade dos veículos que controla, incluindo a TV Clube/Record, as
rádios Clube/Globo AM, a Clube FM e, na Internet, o portal Pernambuco.com, o
Vrum, o Admite-se, o Lugarcerto e o diariodepernambuco.com.br
"O GOC, ao
anunciar oficialmente a sua missão, dizia “defender a ética, a verdade e
justiça social”. As ações vão contra o discurso publicado e apontam para a
destruição de uma empresa 189 anos e que já é parte do patrimônio da
Comunicação de Pernambuco", afirma a nota.
Para as entidades,
não houve "critério compreensível" nos cortes, que atingiu pessoas
que não poderiam ser demitidas e deixou equipes sem chefias — a exemplo da
fotografia. As entidades convocaram uma reunião com a diretoria da empresa e com
o Ministério Público do Trabalho (MPT). "Sinjope e Fenaj alertam ainda que
não serão aceitas sobrecarga de trabalho com excesso de jornada aos
profissionais remanescentes e a ocupação das vagas dos demitidos por
estagiários".
À Imprensa, Cláudia
Eloi, repórter de política e presidente do Sinjope, manifestou preocupação com
os colegas demitidos e com o futuro do jornal. "Viramos somente números.
Parece que não somos profissionais, seres humanos. Quantos fins de semana
perdemos, quantas vezes deixamos nossos filhos em casa para trabalhar? Nossa
experiencia foi jogada no lixo".
Segundo ela, há
rumores de que mais trabalhadores devem ser afastados. "Não sabemos como
será daqui para frente. Se antes tinha talvez 50 para fazer o jornal, agora tem
20. Como essa conta fecha? E a gente não faz só impresso, faz foto, vídeo,
áudio, redes sociais... Como uma colega batizou, é multifunção e monossalário.
Um patrimônio de Pernambuco de 189 anos está sendo destruído, dizimado",
lamenta.
Os jornalistas de
Pernambuco, indignados com a conduta do grupo de mídia, têm usado as redes
sociais para denunciar o corte em massa e mobilizar a categoria para tentar
reverter a situação. (Fonte: Contexto Livre).
Esses agentes de propaganda esquerdista devem ser todos colocados no olho da rua mesmo. E no lugar colocados jornalistas de verdade.
ResponderExcluirAcho que não é por aí, foi demitido funcionário com 40 anos de serviço, ou seja tem muito mais de 60 anos de idade. Isso não é atitude de uma empresa decente, ainda mais (multi- nacional) Canadense, vai uma empresa brasileira fazer o mesmo lá, sabe quando faz...nunca. Acho uma vergonha, e é preciso que as autoridades competentes, chamem esses diretores e digam que apesar do Brasil ser "uma banda voou"existem regras, e não deixem que os mais idosos percam seus empregos dessa forma injusta e melancólica. Governador, quem manda mais manda menos também, mande um recadinho para esses intrusos, que ao invés de trazer empregos trazem é demissões para o nosso povo. Sou absolutamente solidário, a esses brasileiros e pernambucanos demitidos covardemente.
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