PREFEITURA MUNICIPAL DE GARANHUNS

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GOVERNO MUNICIPAL

OPERAÇÃO LAVA JATO COMPROMETE SÉRGIO GUERRA

O recifense Severino Sérgio Estelita Guerra, que morreu em março deste ano, não vai poder ficar em paz em sua última morada. Ou pelo menos a família vai sofrer com uma série de fatos que estão vindo à tona com as investigações da operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Procuradores e delegados deixaram vazar para a imprensa informações comprometedoras a respeito do ex-deputado pernambucano. Ele teria sido beneficiado com a importância de R$ 10 milhões pagos pela empreiteira Queiróz Galvão. Essa grana toda, segundo o doleiro-delator Alberto Youssef, que anda revelando tudo sobre a roubalheira na Petrobrás, foi para que Sérgio Guerra, juntamente com um tucano de Londrina, enterrassem a CPI da Petrobrás, em 2009.

O outro parlamentar tucano que participou da referida CPI foi o senador Alvaro Dias, que tem em Londrina seu berço político. Os dois tucanos deixaram a CPI de forma surpreendente, em protesto contra o que seria um "jogo de cartas marcadas". Sem a presença deles, a Comissão Parlamentar de Inquérito foi abortada.
TRAJETÓRIA - Sérgio Guerra começou a vida política no início nos anos 80, pelo PMDB, quando se elegeu deputado estadual. Foi líder de Arraes na Assembleia Legislativa. Reelegeu-se pelo PDT, passou pelo PSB e depois foi presidente do PSDB. Foi aliado de Fernando Henrique Cardoso e adversário de Lula. Em Pernambuco uma hora estava com Jarbas e outra com Arraes, quando os dois eram adversários. Com o apoio do segundo chegou a ser senador da República.
As desconfianças com relação a Guerra vêm de longe e é famosa uma frase da ex-deputada Cristina Tavares, que conviveu de perto com o ex-deputado. Segundo a jornalista e ex-parlamentar “Sérgio é uma inteligência à procura de um caráter”.
A riqueza  de Sérgio Guerra, acumulada durante sua vida pública e privada deve entrar no alvo de investigação do Ministério Público e da Polícia Federal. A confirmação do recebimento de propina  leva a direção da Petrobras a estudar um pedido de bloqueio de bens como forma de ser ressarcida.
HARAS MILIONÁRIO - Segundo informações do site Pernambuco 247, um dos haras mais ricos do país - o  “Pedra Verde”, em Limoeiro - é um dos bens deixados por Sérgio Estelita Guerra. Possui  mais de 200 cavalos de raça, inclusive campeões nacionais da racha Manga-Larga Marchador. Veterinários, geneticistas e 40 outros funcionários trabalham no Pedra Verde. Para os investigadores da Lava Jato, o haras também funciona como uma sofisticada lavanderia de comissões, inclusive por meio de  vultosas transações de exportação e importação de cavalos.
Palco de refinadas apresentações de produtos premiados e de leilões milionários, o haras de Limoeiro valeria perto de R$ 200 milhões (cavalos, laboratório, instalações e fazenda), mas foi omitido da declaração de Imposto de Renda de Sérgio Guerra ao eleger-se senador, em 2002, atribuindo à Pedra Verde um valor irrisório de R$ 22 mil, além de declará-la como "terra nua", ou seja, sem qualquer tipo de benfeitorias ou construções.
A coleção de arte contemporânea do falecido presidente do PSDB também chamou atenção da Polícia Federal e do MP. Nela estão incluídas obras de Cícero Dias, Cândido Portinari, Vicente do Rêgo Monteiro, Di Cavalcanti, Gilvan Samico, Carybé, Manabu Mabe, Djanira e Tarsila do Amaral, em valores que chegariam à casa dos R$ 20 milhões e que teriam sido, na maioria das vezes, compradas em galerias do Rio de Janeiro, São Paulo e Recife.
Haveria pelo menos um caso, em que uma tela de Ismael Nery, orçada em quase R$ 2 milhões, teria sido adquirida por uma empreiteira baiana para adornar as paredes do apartamento de cobertura da família Guerra na orla do Recife.
Há, também, conforme a reportagem do PE-247,  dezenas de imóveis, uma frota de automóveis de luxo, entre eles vários modelos BMW, além de jóias, aplicações financeiras em bancos e prováveis contas já sendo rastreadas em paraísos fiscais, como Liechtenstein e Suíça. Com a morte do deputado, seus herdeiros deverão enfrentar a ação indenizatória da União movida pelo Ministério Público Federal.
Deputado conhecido por sua inteligência e por seus discursos recheados de tiradas irônicas, por mais de uma vez Sérgio Guerra esteve envolvido em negócios nebulosos. Talvez isso tenha levado Cristina Tavares a questionar o caráter do parlamentar.
Nos anos 1980, Sérgio Guerra foi apontado como um dos integrantes da quadrilha que desviava recursos públicos e beneficiava empreiteiras, na Comissão do Orçamento do Congresso Nacional. Era a quadrilha dos “Anões do Orçamento”, que descoberta detonou o fim da carreira política de um grupo de deputados.
Relator do Orçamento da União também no final dos anos 80, Sérgio chegou a viajar num jato Dassault Falcon da Construtora Camargo Correia para Londres, onde teria se hospedado em uma luxuosa propriedade do falecido empreiteiro Sebastião Camargo. Ele estava acompanhado de toda família e por duas semanas teria frequentado restaurantes e lojas de grifes de luxo na capital inglesa. 
O líder político tucano foi o único parlamentar a escapar da cassação que vitimou políticos influentes como Genebaldo Correia, Manoel Moreira, Cid Carvalho e Pinheiro Landim, além do líder do grupo, João Alves.
Influente e temido enquanto viveu, Sérgio Guerra teve seu nome arrastado para o centro do escândalo da estatal e nenhum tucano, até o momento, saiu com ênfase na defesa dele. Um deputado federal pernambucano, ouvido pela imprensa, foi afirmativo: "Não defenderam e nem irão colocar as mãos no fogo por ele. Quem conhecia bem o Sérgio não se surpreende nem um pouquinho com esse envolvimento".

4 comentários:

  1. Era o maior amigo de Dr. Jarbas Vasconcelos e depois os dois se bicaram.Por qual motivo até hoje ninguém soube e muito menos eu.Tudo foi dito.Todos estão envolvidos nesse mar de lama podre que é a política brasileira.Roubam legal e ilegalmente.Que coisa,hein! Somente a Polícia Federal e o Ministério Público põe na cadeia os ladrões de colarinho branco.Os nossos impostos pagos com o sacrifício, suor e lágrima de milhares de brasileiros para sustentar essa quadrilha. " É uma organização criminosa" agindo dentro do estado que sai comprando esse povo nas vésperas das eleições de 2 em 2 anos.

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  2. José Fernandes Costa3 de dezembro de 2014 às 14:57

    Roberto: - NADA que surja contra Sérgio Guerra será novidade. Sérgio Guerra é igual a Pedro Corrêa, que está preso. - E Pedro Corrêa = Paulo Maluf. - Aliás, precisa botar muita gente do PSDB na cadeia... - Sem isso, nenhuma limpeza é possível. - Os ladrões pertencentes ao PT aprenderam a "roubar" com os tucanos de Fernando Henrique Cardoso. - NENHUMA novidade, até agora, quanto a Sérgio Guerra, ex-criador de cavalos de raça em Limoeiro e adjacências. – Bem como, NENHUMA novidade contra furtos de componentes dos outros partidos, que se apoderam do erário, descaradamente. /.

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    Respostas
    1. DR. JOSÉ FERNANDES E DR. EDMAR R. DIAS.

      Nada melhor do que a rotatividade do poder. Foi muito bom o PT ter chegado ao governo sim. Se o FHC tivesse aberto pelo menos uma das 16 CPIs que ele engavetou,provavelmente, essa mega escândalo da PETROBRAS teria vindo à tona há mais tempo.

      Por isso que os mais de 300 picaretas nunca quiseram fazer reforma política para pobre participar dela e muito menos os trabalhadores brasileiro que ganham salário mínimo.Temos um adágio popular que diz: "se gritar pela ladrão não fica um meu irmão".!!!!! É preciso aplaudir o trabalho da POLÍCIA FEDERAL e do MINISTÉRIO PÚBLICO.

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  3. Política

    O escândalo da refinaria de Pernambuco, segundo Eduardo Campos

    Blog de Magno Martins:

    (...) Numa das últimas viagens com ele, ainda governador, quando estava sendo cogitada a convocação dele para uma comissão especial da Petrobras no Congresso, lhe perguntei sobre o que acontecia nesse escândalo da Refinaria Abreu e Lima.

    Ele me disse com muita ênfase: “Magno, esse é um dos maiores escândalos de todos os tempos, pois esse projeto era estimado em U$ 2,5 bilhões e já gastaram mais de U$ 21 bilhões, além de um atraso de mais de 300% do tempo. Por isso, que apoiei a CPI da Petrobras e vou fazer de tudo para sabermos a verdade nua e crua”.

    Pelas suas contas, se não me falha a memória, já haviam sido gastos R$ 40 bilhões a mais do previsto inicialmente, algo realmente absurdo, um escândalo gigantesco que não pode ficar impune, em nenhuma hipótese. Levantei o ponto sobre quererem atingir o governo dele, como o PT quer colocar na CPI.

    E ele me disse: “Não tenho nenhum tipo de preocupação, muito pelo contrário, porque tudo e todos devem ser investigados, sem qualquer privilégio, sendo que Suape recebeu um adiantamento e os recursos foram aplicados de maneira exemplar, inclusive cumprindo os prazos e os custos dentro do previsto, ao contrário do não cumprimento da Petrobras que está com tudo estourado de custos e prazos”.

    Acrescentei outra pergunta sobre a razão de Paulo Roberto Costa ter incluído o nome dele como testemunha e Eduardo me respondeu: “Esse Paulo Roberto Costa se revelou um grande bandido, membro de uma gangue chefiada pelo PT e só faz o jogo do poder. Ele pensa que vai me intimidar, mas não tenho um segundo de temor e vou jogar tudo o que posso para desvendar todos os membros dessa quadrilha”.

    Disse que sabia que ele, o Paulo Roberto, estava fazendo o jogo do PT e que iria enfrentar os dois sem nenhum tipo de medo, porque tinha consciência total e completamente tranquila. Ou seja, senti uma segurança absoluta de Eduardo Campos quanto a este assunto.

    Ele não tinha o que esconder, ainda mais porque tinha duas CPIs dominadas pelo PT querendo fazer tudo para destruí-lo, além da investigação comandada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.

    Em suma, dá para entender que a matéria da Veja tem a ver com uma vingança de Paulo Roberto Costa e sua gangue responsável pela maior estrutura de corrupção que se tem conhecimento deixando o "mensalão" como uma pelada infantil.


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