Por
Edmar Barros Ribeiro Dias
Há estudos aqui no nosso
país e em outros países, onde se afirma que, entre 0,6% a 0,8% da população de
um país, são delinquentes de toda ordem.
Considerando que, o Brasil
tem 200 milhões de habitantes, precisaríamos, no mínimo, de 1,2 milhão de vagas
em presídios.
Nos EUA, com 325 milhões de
habitantes, tem 2,0 milhões de vagas nos presídios, e seu número de detentos hoje, é de 1,7
milhão, ou seja, sobram ainda 300 mil vagas.
No Brasil hoje, temos 350
mil vagas, com 600 mil cumprindo suas penas em presídios, quase que em
masmorras ou pior talvez, e mais de 200 mil mandados de prisão espalhados pelo
país, sem serem cumpridos, até porque, nós não temos vagas para um número tão
elevado. Como podemos recuperar e socializar um detento? Estudos também indicam um número elevado de
policiais que matam e morrem no nosso país. Isso mostra, um ciclo de vingança entre
bandidos e policiais, só piorando a segurança pública. Ou seja, os agentes da
Lei agem com violência e também são vitimas dessa mesma violência.
Segundo o Anuário
Brasileiro de Segurança Pública, publicado na terça-feira dia 11/11/14 p.p. os
policiais foram responsáveis por 6 mortes por dia na periferia de grandes
capitais, a maioria em legitima defesa. Em compensação 490 desses policiais
foram assassinados violentamente no ano
passado.
A crise indica o
crescimento de mortes dos agentes da Lei. Essa é a segurança pública no Brasil.
Desde 2009, o índice aumentou 86%, saltando de 264 para 490 policiais mortos no
ano passado.
O perverso ciclo de
violência, como se deu no Pará na terça-feira, dia 04/11, quando 10 pessoas
foram assassinadas, conhecida como a “Chacina do Pará”, são sintomas de dois
indicadores que remetem um perverso ciclo de violência: a impunidade e a falta
de comprometimento das autoridades, com a segurança dos policiais civis e
militares.
Diante da ação desmedida
dos criminosos, as forças policiais reagem com rigor. Esse caso está sendo
investigado pela Corregedoria da PM e pela Policia Civil.
Diz um tenente da PM de São
Paulo, Danilo Ferreira do Nascimento, membro do Fórum Brasileiro de Segurança
Pública, “a violência gera um ciclo interminável de crimes”.
Existe uma mentalidade que
diz: “bandido bom, é bandido morto”. Cidades como Garanhuns, e outras centenas
de cidades do interior, vivem pacificamente, já que esses bandidos, atuam em
grandes centros e nas periferias, onde cabe uma força policial maior, capaz de detê-los.
Os policiais, mal
remunerados, às vezes têm que morar onde moram meliantes, e esses, são
obrigados a esconder suas fardas e lavá-las dentro da sua própria casa, porque
se forem identificados, estarão correndo risco de morte. É preciso que
urgentemente o Congresso Nacional mude essas Leis, porque hoje, o bandido não
respeita a Força Policial. Como irá respeitar a nós mortais? Punições brandas e
com uma série de benefícios o que significa mais impunidade e mais ações desses
delinquentes. É preciso se discutir e reduzir a maioridade penal para 16 anos,
evitando-se que “menores’ cometam hoje, crimes, até hediondos, e respondam por seus atos, só até completarem
18 anos. Depois são soltos, e voltam a cometer novos crimes.
*Edmar
Barros Ribeiro Dias é advogado e administrador de empresas, casado e reside em
Garanhuns. Foi
Diretor Geral da Mercedes Benz, na Amazônia Ocidental e posteriormente Secretário
de Desenvolvimento Econômico em Jaboatão dos Guararapes/PE.
Corroborando com o entendimento de Dr. Edmar, e com a péssima situação das penitenciária do Brasil e com a gigantesca onda criminalidade no País, ainda temos o agravante que o modelo não recupera ninguém, e mais de 80% dos apenados voltam a delinqui piorando ainda mais a situação da população carcerária do Brasil. Parabéns Dr. Edmar pelo excelente trabalho.
ResponderExcluirSales/Garanhuns
Parabenizo o Dr. Edmar por excelente comentário sobre a segurança pública no nosso país, que muito vem deixando a desejar.
ResponderExcluir07 meses sem meu pai, Edmar. Te amo, pai. muitas saudades!!! Gostaria muito de ouvir seus conselhos, de ouvir sua voz. seu cheiro. dar um beijo no sr. Tem dias que amanhecemos assim.... muito saudosos. Até um dia, pai... até breve!! sua benção, meu véio
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