Claro que toda opção, seja qual for a matéria em
pauta, implica conflito. A referência a Miguel Arraes, nesse caso, vem a
propósito – no dizer dele - da ruptura com estruturas institucionalizadas
quando estas não correspondem aos anseios das ruas. A opção feita pela burocracia
partidária do PMDB do Recife, por meio de convenções viciadas, no pleito
municipal de 1985, impunha a candidatura do deputado Sérgio Murilo, apoiado em
segmentos conservadores e da direita da cidade, enquanto os grupos de esquerda
e progressistas alojados na legenda peemedebista - partidos então proscritos,
inclusive - se perfilavam em torno da candidatura de Jarbas Vasconcelos, à
época filiado temporariamente ao PSB e aliado da esquerda.
Em outras palavras, o que Arraes propunha - e que vingou na prática - era a
mobilização da militância e do povo pela base, à revelia das decisões
formais.
Caso semelhante ocorre agora. A candidata derrotada
Marina Silva, da Rede, e o PSB no qual ela está momentaneamente abrigada, tomam
partido na disputa Dilma x Aécio não necessariamente em sintonia com o
sentimento expressivas parcelas de suas bases. O apoio público dos próceres
dessas legendas tem, certamente, alguma importância, porém decisivo mesmo será
o comportamento espontâneo do eleitorado, especialmente o segmento classificado
como C, que além de decisivamente numeroso, exerce marcante influência sobre os
segmentos D e E.
Dos mapas do pleito no primeiro turno ressalta a clara dicotomia entre a base
social da presidenta Dilma Rousseff, assentada no povo, nos trabalhadores e nas
camadas mais pobres da população; a que se contrapõe a base do tucano Aécio
Neves, que se apóia fundamentalmente nos ricos, em parcelas expressivas da
denominada classe média alta, com forte presença da oligarquia financeira e do
complexo monopolista midiático.
Daí se depreende que o campo real da batalha não
está na mídia, nem no pronunciamento de lideres e legendas. Está no embate de
ideias (com destaque para as redes sociais), tornando claras as diferenças
essenciais e absolutamente antagônicas entre as propostas programáticas de
Dilma Rousseff e do seu oponente Aécio Neves e na mobilização do povo.
Cumpre defender o legados dos governos Lula e
Dilma, sobretudo as notáveis conquistas sociais e a afirmação do Brasil como
nação soberana, e avançar no rumo de novas conquistas de maior envergadura
*Luciano Siqueira, vice-prefeito do Recife e uma
das principais lideranças em Pernambuco do PC do B. (Publicado também no Portal Vermelho, no Jornal da
Besta Fubana e no Blog de Jamildo).
CADA UM TEM SUA OPINIÃO PESSOAL. MAS JÁ SE FOI A ÉPOCA EM QUE OS MOVIMENTOS SOCIAIS SE LEVANTAVAM CONTRA OS BURGUESES.
ResponderExcluirESSA DISTINÇÃO ENTRE RICO E POBRE, ENTRE PRETO E BRANCO, ENTRE OS DO BEM E DO MAL, ENTRE OS BICUDOS E BACURAIS, ENTRE OS QUE DEFENDEM OS RICOS E OS POBRES PARECEM QUE ESTÃO MUITO LONGE DA REALIDADE DA POBREZA BRASILEIRA.
AS ELEIÇÕES NO PRIMEIRO TURNO NÃO FORAM LIMPAS.MANDA LUCIANO SIQUEIRA MANDAR FAZER UMA PESQUISA EM TODO O ESTADO PARA SE SABER QUAL O PREFEITO QUE PERDEU ESSA ELEIÇÃO DESTE ANO PARA OS OPOSICIONISTAS?
ISTO QUER DIZER QUE QUEM MANDOU FOI A MÁQUINA PÚBLICA ARMA SECRETA DE SE FABRICAR VOTOS E A OPOSIÇÃO GOSTANDO.
SENHORES, O PT NÃO FEZ NENHUM DEPUTADO FEDERAL. SABE POR QUÊ? PORQUE FALTOU DINHEIRO PARA COMPRAR O ELEITORADO E/OU OS SEUS CONCORRENTES GASTARAM MUITO MAIS...QUE SAUDADE DA DITADURA QUANDO SE COMPRAR VOTO ERA UM CRIME ELEITORAL.
Jarbas já não fala coisa com coisa, inimigo de Eduardo, eram amigos antes da morte de Eduardo, está no PMDB, mas não é PMDB, fala mal da esquerda ele que foi o maior representante da esquerda em Pernambuco, não fosse a onda de comoção que tomou conta de parte do nosso povo, também não seria eleito como não foi seu filho para vereador em Recife, a decepção com esse cidadão em quem já votei, algumas vezes é vergonhoso para mim.
ResponderExcluirJarbas se recomperou e foi um senador muito atuante teve quase 250 mill voto pa deputado sem gastar um conto. Vai ser um bom ministo de Aecio.
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