A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, chega hoje
a Pernambuco, num momento decisivo para os socialistas no Estado após a perda
da liderança do ex-governador Eduardo Campos, morto num acidente aéreo no dia
13 de agosto.
Ao contrariar a opinião do atual comando do partido, Marina vem ao
Estado na tentativa de recuperar parte do eleitorado perdido na região Nordeste,
como atestam pesquisas de intenção de votos, após os ataques dos adversários,
sobretudo das candidaturas de Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, e de
Aécio Neves (PSDB).
A socialista cumpre agenda de campanha em Caruaru, no Agreste do Estado,
e no Recife, na Região Metropolitana. Marina vem acompanhada do vice, o
deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS). Às 20h, a militância e políticos se
reúnem no Cais do Alfândega, no Recife Antigo, para um comício. Na capital, é
esperada a presença dos filhos de Eduardo Campos, além da viúva e
ex-primeira-dama Renata Campos.
A presença em Pernambuco é simbólica neste momento de decisões no
comando do PSB. Estaria planejada para esta segunda-feira (29) a eleição que
decidiria o novo presidente do partido. A convocação foi de Roberto Amaral,
atual presidente interino da legenda, que chegou ao posto após a morte de
Eduardo Campos e pretende continuar no comando. A estratégia gerou polêmica no
partido, e, depois de um pedido de Renata Campos, o socialista decidiu adiar o
encontro para o dia 13 de outubro.
Lideranças próximas ao ex-governador Eduardo Campos teriam o interesse
de permanecer comandando o PSB. Campos, além de candidato à Presidência da
República, era o presidente do partido. Um dos nomes do PSB de Pernambuco para
assumir a função seria o do prefeito do Recife, Geraldo Julio. Mas, informações
de bastidores garantem que, com o adiamento da reunião, o gestor da capital
teria aceitado assumir o cargo de segundo vice-presidente, aceitando, ainda, a
permanência de Amaral.
O acordo não foi confirmado por lideranças do PSB, que preferem focar
neste momento a recuperação de Marina. Mas fica evidente o choque entre as
posições do atual dirigente do partido com os demais correligionários. Nesta
segunda-feira (28), após o debate da TV Record, por exemplo, Roberto Amaral
disse publicamente que discorda da tática da campanha de Marina. Para Amaral,
ela não deveria vir ao estado de Pernambuco nesta semana. A socialista deveria
se concentrar em caminhadas e corpo a corpo em grandes colégios eleitorais,
como São Paulo e Rio de Janeiro. (Fonte: Diário de Pernambuco).
O apiritivo é Marina 40 Paulo 40 e o tira gosto é Fernando 400
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