Sessenta anos depois
do suicídio do presidente Getúlio Vargas, no Palácio do Catete, sua história
ainda está sendo contada em reportagens de jornais, em séries de televisão e em
filmes.
Quem quiser saber
muitos detalhes da vida do gaúcho, que foi revolucionário e ditador,
simpatizante do nazifascismo e democrata que voltou ao poder pelo voto, em
1950, precisa ler uma das biografias do presidente à disposição.
Mas para se ter uma
ideia do que foram os últimos dias de Getúlio no poder, acompanhar a crise que
levou o “pai dos pobres” a se matar com um tiro no coração uma boa pedida é
assistir ao filme de João Jardim, que tem Carla Camurati (de Carlota Joaquina)
na produção executiva.
O filme tem Tony
Ramos no papel do ditador e embora em alguns momentos ele pareça o ator de
novelas, na maior parte do longa é um artista convincente, que lembra mesmo o
personagem histórico.
Quem está com tudo é
a atriz Drica Moraes, perfeita no papel de Alzira Vargas. Alexandre Borges como
Carlos Lacerda também não faz feio e o restante do elenco é composto por atores
globais que dão conta do recado, caso de Alexandre Nero (coronel Scaffa),
Adriano Garib (general Zenóbio), Marcelo Médici (Lutero Vargas) e Jackson
Antunes (vice-presidente Café Filho).
João Jardim conduziu
o longa num ambiente um tanto sombrio, com a maior parte das cenas gravadas
dentro do Palácio Presidencial, optando por uma trilha sonora que lembra a de
filmes de suspense. Plenamente justificável, pois há tensão o tempo todo e a
história, como sabemos, acaba numa das maiores tragédias nacionais.
Carlos Lacerda era um
direitista histérico que sonhava em ser presidente e tramava golpes de Estado. Aproveitou
um atentado de que foi vítima e a morte de um major do exército para criar
clima desfavorável ao presidente. Diariamente denunciava o “mar de lama” do
governo e pedia a renúncia ou a deposição de Getúlio.
Vargas, ao se matar e
deixar uma Carta Testamento para o país virou o jogo. O povo foi para as ruas e
chorou o líder político. Lacerda e os generais golpistas tiveram de se
recolher, as eleições foram realizadas e Juscelino Kubitschek (da mesma corrente política de Getúlio) foi eleito e
cumpriu seu mandato integralmente.
Os golpistas criaram
clima idêntico em 1964, derrubaram João Goulart e ficaram 20 anos no poder.
Getúlio adiou o golpe
militar por 10 anos e o filme mostra isso. No final do longa são de emocionar
as cenas reais mostradas com o povo nas ruas protestando e chorando seu presidente.
Tudo se passou no
distante ano de 1954, mas ainda hoje o Brasil vive situações parecidas e os
mortos continuam influindo no mundo dos vivos, principalmente nas eleições.
As indignidades, as omissões descaradas, a desfaçatez de Getúlio Vargas dão pra encher muitos livros. - Basta lembrar alguns episódios indignos, na vida desse gaúcho despudorado. - Exemplos: - 1. O alinhamento de Getúlio com os nazifascistas, tendo o consentimento aberto da Igreja Católica (Vaticano & Cia); - 2. As prisões políticas e torturas no inferno da Ilha Grande (RJ), de centenas de pessoas sem qualquer culpa formada. – Aqui se inclui o grande escritor, de honestidade provada e comprovada, GRACILIANO RAMOS DE OLIVEIRA; - 3. A deportação de OLGA BENÁRIO (GRÁVIDA) para a Alemanha nazista!! OLGA foi entregue à polícia do tirano Hitler, para ser executada, tão logo a menina Anita Leocádia nascesse. - E assim foi feito. - Olga Benário foi morta num campo de extermínio (campo dos horrores), logo que lhe arrancaram a criança dos braços!! - Quem quiser saber mais sobre o imundo Getúlio Vargas, procure ler as biografias que estão nas prateleiras das boas livrarias do país. - É ISSO. /.
ResponderExcluirEle foi Revolucionário , Ditador e Simpatisante do Nazifacismo, muito bem dito. Ele era um Socialista. Se estivesse vivo ainda hoje seria um Petista.
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