Pesquisas qualitativas realizadas
pelo PTB de Armando Monteiro detectaram desde a semana passada que o efeito da
comoção causada pela morte de Eduardo Campos no eleitorado pernambucano tinha
passado. Hoje a experiente jornalista Tereza Cruvinel, escrevendo sobre a campanha de
presidente, credita a queda de Marina Silva a “dissipação da onda emotiva
provocada pela morte insólita do ex-governador”.
Nesta reta final de
campanha, tanto no âmbito nacional quanto estadual, deve prevalecer a razão.
Afinal de contas vamos eleger o presidente e os governadores de Estado para um
mandato de quatro anos e se cometermos um erro teremos de esperar até 2018
visando corrigi-lo.
Na eleição de presidente
Dilma tem algumas vantagens sobre Marina e Aécio Neves: maior tempo na
televisão e a máquina do Governo Federal. Como bem observou o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso recentemente, é um poder que não se pode desprezar.
Caso venha o provável segundo
turno, contudo, a disputa poderá ficar imprevisível. Marina (que hoje tem mais
chances do que Aécio de passar a fase seguinte do processo eleitoral) terá o
mesmo tempo de sua adversária Dilma e aí a vitória de uma ou de outra irá
depender muito dos marqueteiros e do comportamento de cada candidata. Nos
programas eleitorais do rádio e TV, nos debates, nas entrevistas, na campanha de
rua. A petista se atropela com as palavras quando fala, é verdade, mas a socialista
tem se revelado ainda mais frágil em seu discurso, principalmente porque pegou
a mania de mudar de ideia de uma hora para outra, passando insegurança no seu
projeto político. Se corrigir isso no segundo turno poderá emplacar, caso
contrário a governista será reeleita.
No plano estadual o senador
Armando Monteiro tem sido um gigante, pois está nitidamente em desvantagem
desde que Paulo Câmara deu um pulo nas pesquisas de opinião pública. Com pouco
tempo na televisão, menor número de partidos, deputados e prefeitos a apoiar
sua candidatura só mesmo sua história de vida e a postura do candidato explicam
sua resistência, chegando na reta final a apenas quatro pontos do adversário.
Mas significativo ainda é que tenha crescido três pontos no Ibope enquanto o
socialista ficou na mesma.
Armando tem menos poder de fogo para vencer a eleição: precisa se vincular cada vez mais a Dilma e a Lula,
torcendo para que a presidente continue crescendo na preferência popular, como
vem acontecendo. E necessita ter um desempenho muito superior a Paulo Câmara no
debate da Globo para deixar o eleitorado convencido de que é o melhor para
Pernambuco.
O socialista tem o seu
exército e seus trunfos: mais prefeitos, partidos, candidatos, militância e recursos. Mas se
não afinar o discurso e gaguejar na reta final, principalmente nos debates da TV Clube e Globo, poderá entregar uma eleição que esteve ganha. (Imagem: Diário de Pernambuco).
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