Do blog de Magno Martins:
Os jornalistas saíram desapontados da coletiva convocada, ontem, pelo
candidato do PTB a governador, Armando Monteiro, pela ausência de um fato novo
e, mais do que isso, bombástico. Após a entrevista, centrada em cima de
cobranças a Paulo Câmara pela confidência de ter usado também o avião da
tragédia que tirou a vida de Eduardo, aliados do socialista usaram as redes
sociais para ironizar.
Em tom jocoso, recorreram ao jargão da “montanha pariu um rato”, usado
em política para frustrações de expectativas. Mas, na verdade, Armando não é
bobo nem age sem balizamentos. Em seu poder, uma pesquisa aponta que mais de
80% dos pernambucanos não têm a mínima noção a quem pertencia o avião.
Mais de 90% também desconhecem que o candidato Paulo Câmara tenha usado
a mesma aeronave em campanha. Ao pedir as explicações sobre o uso e a
propriedade do avião, Armando, mesmo sem apresentar o fato novo, usou a estratégia
para carimbar e massificar o adversário como beneficiário de um equipamento
ilegal.
Armando, entretanto, poderia ter feito isso sem recorrer a uma coletiva.
Em seu poder, como em de todos os concorrentes, existe um instrumento poderoso,
que é o tempo disponível na sua propaganda eleitoral no rádio e na
televisão. Certamente, inserções de 30 segundos ao longo da programação teriam
muito mais efeitos.
O candidato trabalhista quis apontar o adversário como responsável, na
condição de ex-secretário da Fazenda, por uma operação supostamente ilegal: a
concessão de incentivos fiscais por tempo indeterminado a uma das empresas que
seriam proprietárias do avião, envolvida em denúncias de sonegação fiscal.
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