Lançado como
candidato à sucessão estadual em fevereiro deste ano, pelo então governador Eduardo
Campos, o ex-secretário da Fazenda, Paulo Câmara (PSB), até agora não saiu do
canto nas pesquisas, apesar do apoio de maior número de partidos e de quase todos
os prefeitos de Pernambuco.
Os números
das primeiras pesquisas devem ter sido avaliados com naturalidade pelos socialistas,
afinal de contas Paulo nunca disputou nenhum cargo público e é um completo desconhecido
para grande parte do eleitorado.
Mas já estamos
em junho e apesar do apoio de Eduardo e de tantas forças políticas o socialista
continua patinando. Já percorreu as mais importantes cidades do interior com a Agenda
40, rodeado por deputados e lideranças expressivas da capital e interior, mas seu nome parece não estar sendo assimilado pelo eleitor.
Pesa contra Paulo Câmara
o fato de ser um técnico sem experiência política e o cargo mais expressivo exercido
em sua carreira de burocrata foi a de Secretário da Fazenda. Sua função era arrecadar,
cobrar imposto e convenhamos, esse trabalho não rende votos em Pernambuco nem na
Conchincina.
O ex-secretário está no
prejuízo também porque seu principal padrinho político, Eduardo Campos, renunciou
ao Governo de Pernambuco para disputar a Presidência da República. Fora do Estado,
cuidando de sua campanha, o neto de Arraes não pode andar com seu pupilo a tiracolo para tentar lhe transferir votos.
Para completar, Eduardo
estacionou na faixa dos 10% na corrida pelo Palácio do Planalto e esse índice aquém
do esperado pelo pré-candidato ajuda a puxar Paulo Câmara pra baixo. Dificilmente
o PSB fará o governador de Pernambuco com seu candidato no plano nacional ficando
num distante terceiro lugar na disputa.
Há de se considerar ainda,
neste quadro político, que o adversário de Câmara nesta eleição é um cidadão que
tem história no Estado. É neto de Agamenon Magalhães, considerado por muitos um
dos melhores governadores de Pernambuco e um verdadeiro estadista. Seu avô foi
político e também o seu pai, Armando Monteiro Filho.
Armando Neto é empresário
respeitado, foi dirigente de entidades patronais de peso, exerceu seguidos mandatos
de deputado federal sem nunca ter praticado um gesto que desabonasse a sua conduta.
Foi aliado de Eduardo Campos na eleição de 2010 e se elegeu senador com uma votação
consagradora, superando inclusive Humberto Costa, que todos esperavam fosse o mais
votado.
Outro fator ainda está ajudando
Armando na disputa majoritária: É o candidato de Lula e Dilma e isso está pesando
muito nas pequenas cidades do interior. Em municípios como Caetés, Capoeiras, Jupi,
Angelim, São João e muitos outros quando um pré-candidato a qualquer coisa chega
numa casa, especialmente na zona rural, a primeira coisa que o pai de família pergunta
é se ele está apoiando o indicado pelo ex-presidente da República e sua sucessora.
Esse quadro vai ser difícil
de mudar, a não ser que tenhamos uma grande reviravolta na política nacional. Caso
o Brasil perca a Copa e no país se instale um clima de revolta, com Eduardo Campos
crescendo nas pesquisas, isso poderá beneficiar Paulo Câmara.
A perspectiva, porém, no
momento não é muito animadora. Este será um mês perdido em termos de pré-campanha
porque a população nos próximos dias vai se voltar para o futebol. Depois teremos
somente três meses de busca pelo voto e convenhamos que não será muito fácil um
candidato sem história, com um discurso que até seus aliados acham fraco, reverter
uma vantagem de mais de 30 pontos percentuais.
Por enquanto Armando Monteiro
é favorito e é um político com os pés no chão. Alguns dos seus correligionários, entusiasmados,
querem entrar no clima do “já ganhou”. O senador, sereno, recomenda calma. Acha
que ainda tem muito chão pela frente e a eleição se ganha no dia a dia, com discurso,
proposta e coerência. Não se pode cometer erros nem subestimar o adversário. O petebista
está certo em evitar o triunfalismo e todos que simpatizam com sua candidatura têm
mais é que trabalhar. Até outubro, quando então o povo de Pernambuco fará sua escolha
com a independência e sabedoria observada nos últimos pleitos majoritários.
Leia post logo abaixo:
- Armando Monteiro e João Paulo lideram com folga
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Homem de fibra precisamos de um potitico do perfil de aArmando Monteiro Neto.Leal digno e competente.Lourdes Cavalcante.
ResponderExcluirSimplesmente porque Pernambuco não é quintal de ninguém. Ele empurou guela adentro Geraldo Júlio porque era o Governador tinha a caneta e a chave do cofre, hoje não tem mais isso apenas é pichado em todo o Estado como traidor de Lula e Dilma. Vem com uma figura desconhecida querendo fazer desse Estado seu quintal O PC de Eduardo não chega aos 8 % porque ninguém o conhece. pior seria se se conhecesse agarrado a Eduardo, aí o estrago era mais feio.Armando Monteiro na cabeça e João Paulo Senador, com o nosso prefeito Izaías Régis, Garanhuns dará um salto de qualidade, desenvolvimento e emprego para os filhos de nossa terra.
ResponderExcluirRoberto excelente materia sobre a disputa para o Palácio do Campo das Princesas. Importante entender a trajetória dos postulantes ao cargo majoritário do executivo de Pernambuco. Há que se entender também a necessidade de um bom Plano de Governo para PE, além disso, lembrar que o próximo governante precisará de uma boa bancada no Legislativo Estadual e também de fazer boa composição para o Legislativo Federal (sai na frente quem ficar com a vaga ao Senado Federal).
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