Programa "Mais Médicos" une ACM Neto (DE)
e Alexandre Padilha em Salvador
O Plano Real elegeu Fernando Henrique
em 1994 e ainda teve forças para lhe garantir mais quatro anos de mandato em 1998. A troca do Lula
Raivoso pelo Lulinha Paz e Amor, em 2002, garantiu ao PT a eleição do primeiro
presidente brasileiro de origem humildes. Os programas sociais e o
direcionamento do governo a favor dos mais pobres permitiram a reeleição de
Lula, em 2006, apesar do Partido dos Trabalhadores ter rasgado a bandeira da
ética e de ter sido satanizado com o chamado mensalão.
A herança de Lula e o bolsa família
deram uma boa ajuda na eleição da primeira mulher para ser presidente da
República do Brasil. E quando tudo parecia perdido, com o povo nas ruas,
insatisfeito, surge o Mais Médicos, que está ressuscitando Dilma Roussef e de
quebra ameaçando o monopólio do PSDB em São Paulo. O PT já lançou a candidatura
de Alexandre Padilha, em São Paulo, certo que agora dá para
derrotar Geraldo Alckmin.
Nas redes sociais talvez exista alguma
divisão, mas nas ruas, principalmente nas periferias e nos grotões, o povo quer
saber é de médicos, não importa se venha da Argentina, da Bolívia, de Cuba ou
da China. Até o prefeito de Salvador, Antônio Carlos de Magalhães Neto, do DEM,
se rendeu aos encantos do programa, tirou fofo junto com o ministro Padilha e
disparou: "Os
médicos chegaram e foram muito bem recebidos. Essa parceria com o governo
federal vai permitir melhorar a qualidade do atendimento médico na
cidade".
E agora, como a
oposição vai poder detonar o programa?
O corporativismo
médico está deixando os homens de jaleco branco com a imagem ruim na
fita. E conheço alguns profissionais da medicina, aqui mesmo em Garanhuns, que
enxergam o erro cometido pelos Sindicatos e Cremepes da vida.
Alguns internautas, maldosamente,
estão chamando a entidade classista dos médicos de “Sindicato dos Mer... e os
Conselhos Regionais de Medicina de “Conselhos dos Maus...”. Ruim isso, não é
mesmo?
Para o jornalista
Paulo Nogueira, que escreve num blog de bom nível, intitulado “Diário do Centro
do Mundo”, o Mais Médicos é a melhor coisa criada pela presidenta Dilma
Roussef. Ele teme apenas que a execução desta ótima ideia não se perca na “inépcia
gerencial que é a marca não apenas do PT, mas da administração pública brasileira
em geral".
O Mais Médicos pode ser
o bolsa família de 2014, o Plano Real da próxima eleição presidencial. Infelizmente
a maioria da população brasileira é tão carente, que basta uma marca, um aceno,
um gesto ou um programa novo que lhe dê um novo alento, para que esta se incline
para o lado de quem lhe ofertou o novo mimo.
Muita coisa ainda pode
acontecer até a próxima eleição. Um ano é uma eternidade em política. Mas tudo indica
que a oposição está enrolada, caiu numa armadilha e o governo, cambaleante, confuso,
parece ter descoberto a tábua de salvação.
A reeleição de dona Dilma,
quem diria, pode ter uma mãozinha dos médicos. Dos médicos brasileiros que estão
ajudando o governo ao ficar na contramão dos desejos populares e dos estrangeiros
que estão apenas atrás de um emprego, e que possivelmente saberão tratar os
pobres de maneira mais digna, em relação aos colegas tupiniquins.
O papel da oposição no próximo pleito será trabalhar numa agenda que vise o aperfeiçoamento do MAIS MÉDICOS , mostrando que não basta médicos para melhorar a saúde , precisamos também de infraestrutura .De que adianta um montante de médicos, se não existem remédios e equipamentos para esses profissionais fazerem exames.
ResponderExcluir