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O NOME DA ROSA - FILMES INESQUECÍVEIS - 93º

Professor universitário e ensaísta, o italiano Umberto Eco tornou-se conhecido internacionalmente a partir de 1980, quando estreou no campo da ficção com o romance “O Nome da Rosa”. O livro foi um sucesso mundial e levou o seu autor a publicar várias outras obras literárias.

Em 1986 o livro de Umberto Eco foi adaptado para o cinema, num filme que traz de forma bem dosada um pouco de suspense, religião,  história, drama e cultura.

Estamos acostumados a ver boas obras literárias virarem filmes muitos ruins. Não foi o que aconteceu com O Nome da Rosa. O cineasta que adaptou o romance, o francês Jean-Jacques Annaud, sabe o que faz por trás das câmeras, como provou no cinema com A Guerra do Fogo, O Amante, O Urso e Sete Anos no Tibete, este último já comentado nesta série.

O Nome da Rosa, o filme, além do bom diretor, teve a felicidade de contar no seu elenco com dois atores de talento muito acima da média: Sean Connery, que interpreta o monge franciscano William de Bakerville e F. Murray Abraham, no longa o terrível e cruel representante da Santa Inquisição da Igreja Católica. Todo o elenco merece créditos, no entanto esses dois literalmente roubam as cenas, dão consistência à história e deixam claro a grande proposta da novela levada às telas: a discussão entre racionalidade, ciência e religiosidade, fé.

De um lado, representando o progresso, a abertura para novos mundos, o monge franciscano. De outro, pregando a caça às bruxas, defendendo o poder da Igreja, o agente da Santa Inquisição.

O filme começa com a chegada de William de Baskeville a uma abadia (mosteiro) do norte da Itália, no ano de 1327. Vem acompanhado do noviço Adson (Christian Slater) e aparentemente já tem conhecimento dos crimes que andam ocorrendo no lugar.

Um corrente dos que vivem o drama defende a ideia de que as mortes ocorrem porque o demônio está presente no mosteiro. A outra, liderada por William, acredita que estão acontecendo crimes e a culpa é dos humanos mesmo.

Com a chegada de Bernardo Gui, o Santo Inquisidor, a ideia de que o diabo age contra a Santa Igreja se fortalece e se tem uma pequena mostra do que foi capaz a Igreja Católica na Idade Média, muitas vezes com total aprovação do papa.

As mortes que ocorrem entre os muros do mosteiro têm características semelhantes. Os cadáveres aparecem com os dedos e a língua roxa, o que leva à suspeita (pelo menos por parte de William de Bakerville) de que as pessoas estão sendo envenenadas.

Por trás de tudo isso estaria, imagine,  a determinação de um monge em esconder um livro de Aristóteles em que este defende o riso como um ato sublime. Um dogma da Igreja pregava o contrário, baseado no axioma de que a comédia proporcionava ao homem a falta de temor a Deus e isso terminaria por enfraquecer os cristãos.

Parece absurdo, não é? Mas naqueles tempos obscuros era assim mesmo. Sexo era pecado, dizer que a terra é redonda levava à fogueira e rir contrariava a vontade de Deus.

A trama é bem desenvolvida, os cenários do filme ajudam a fazer uma boa reconstituição dos castelos ou mosteiros do século XIV, os diálogos não permitem que a obra se transforme num suspense qualquer, tudo isso levando O Nome da Rosa a ser incluído na relação dos bons trabalhos de meados da década de 80.

O filme ajudou a tornar mais popular o nome de Umberto Eco (que não queria Connery no papel principal) e tem outros méritos, como ajudar a abrir os olhos do grande público para o atraso e os crimes da Igreja durante um determinado período histórico.

A Santa Inquisição é punida, no romance e no filme O Nome da Rosa. Muitas vezes, no entanto, foi ela que puniu e pobres inocentes, mulheres, retardados mentais (como acontece no longa) terminaram na fogueira.

O Nome da Rosa é um bom filme que pode ser visto como uma boa diversão,  ou como uma ficção que vai além, oferecendo doses de conhecimento sobre a Igreja e a História.

Fotos: 1) Cena do filme, com os atores Sean Connery e F. Murray Abraham; 2) o escritor italiano Umberto Eco.

Alguns filmes populares incluídos nesta série:

1. Sociedade dos Poetas Mortos
2. ET - O Extraterrestre
3. Ghost - Do Outro lado da Vida
4. Um Sonho de Liberdade
5. Mississipi em Chamas
6. Gladiador
7. Os Imperdoáveis
8. Sexto Sentido
9. Titanic
10. Uma Linda Mulher
11. Tropa de Elite
12. O Exorcista
13. Carrie a Estranha
14. O Discurso do Rei
15. A Vida é Bela

Um comentário:

  1. José Fernandes Costa22 de julho de 2012 às 11:27

    Na Idade Média, para ser papa NÃO precisava ser padre ou bispo. - Bastava ser da confiança dos políticos (reis e rainhas). - Leão X foi o último papa sem ser sacerdote. O pai dele, Lorenzo de Medici, era influente político e, assim, impôs à "santa igreja católica" a nomeação do filho. E este passou a ser papa pré-"santa inquisição". - Foi Leão X que excomungou Martinho Lutero. Portanto, esse livro mostra só um grão de areia das sujeiras da Igreja Católica e do Vaticano. - 2. Quanto ao Amante e o Urso são iguais. - O amante é sempre o urso. - E a vítima deste (s) é o cornudo. - 2. E foi inspirado nesse livro que eu fiz uma poesia meio tola e a intitulei "Em nome da ROSA". - Quem quiser ler, peça-me. - Mas se ninguém se interessar, as ROSAS também agradecem. - É ISSO./.

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