PREFEITURA MUNICIPAL DE GARANHUNS

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POR QUE A AGRESSIVIDADE ENTRE OS HOMENS?

Por que o homem tanto agride o seu semelhante e o meio onde vive? Motivos de ordem moral, biológica, sociológica, psicológica, etc., atuando sobre ele, podem ser causadores desses desajustes de comportamento tão ao nosso alcance! Razões patológicas, agravadas por problemas socioeconômicos e mesológicos são outra hipótese. Acrescente-se a isso os exemplos nada edificantes expostos por aqueles que têm o dever indiscutível de oferecer o essencial e necessário ao bem-estar do povo, mas não o fazem. Assim, são várias as causas que podem, ao menos, explicar esse caos social que atinge as pessoas, tornando-as mais vulneráveis e violentas!

Essa desordem instituída tem ocupado alguns estudiosos. Todavia, em que pese o esforço de muitos destes, o certo é que se vive intensa agonia, face à violência assustadora. O professor Vitorino Prata Castelo Branco, mestre renomado, estudioso do crime, do criminoso e da vítima, em seu Curso de Criminologia, faz insistentemente esta pergunta: - “Por que o homem furta, agride e mata?” – E, logo na introdução do livro, diz ele: “Selvagem e egoísta, todo homem é um criminoso em potencial, pronto para agredir, furtar e matar aqueles que o contrariam e que o atrapalham nas suas ambições”. A partir daí, várias teorias são desenvolvidas, ao longo daquela obra, na tentativa de encontrar explicações para tanto desequilíbrio.

Não obstante o grande interesse dos estudiosos, é fácil constatar que prosperam no ser humano, em geral, os sentimentos mais negativos, tais como a deslealdade, a ganância, a desonestidade, a ânsia pelo poder, a ira, a inveja, a covardia etc. Os humanos, potencialmente agressivos, estão mais para ferir do que para acariciar. Mais para a guerra do que para a paz. Basta supor que alguém possa contrariar suas conveniências, ou arranhar, ainda que levemente, seus interesses mais imediatos e tantas vezes mesquinhos, o homem se arma e agride. No trânsito, nos edifícios, nas filas, nas relações de vizinhança etc., como é difícil a convivência entre os seres humanos!

Todos os dias os jornais impressos e outros veículos noticiosos nos trazem farto material de ordem criminosa. – “Namorado” mata “namorada”, filhos matam pais e avós. – Furtos e roubos são incontáveis. Já nem cabem mais nas estatísticas.

Ora, aos agrupamentos sociais são conferidos direitos; mas, em contrapartida, sobrevêm as obrigações. Por outro lado, a fronteira do nosso direito é onde começa o direito do próximo. Então, respeitá-lo é mandamento imperioso; é o mínimo que se pode esperar de uma pessoa, principalmente numa sociedade que se diz cristã e civilizada. No entanto, cremos não haver nessas relações, nem cristandade, nem civilização.

Isso não é querer pregar moral, nem pretender dar lições de bom comportamento. Tampouco se distanciar dessa condição humana e agressiva. – Essas poucas linhas dizem apenas o óbvio. – E se dermos uma olhada no passado, vemos que o problema da violência humana, essa inclinação que tem o homem de ser mais feroz do que a própria fera, não é coisa nova; não apareceu com os tempos modernos. Isso existe desde a pré-história. No entanto, o lógico esperado seria que, com a evolução da tecnologia, com o advento da suposta educação das pessoas e outros fatores próprios das civilizações e da civilidade, essa tendência criminosa e sanguinária fosse reduzida. Porém, o que se vê, infelizmente, é o seu crescimento assustador.

É possível que a explosão demográfica e as precárias condições de vida de tanta gente, aliadas a competições muitas vezes acirradas, inconsequentes e egoístas no meio social, afora muitos outros complicadores, venham contribuindo para tanto. Mas não é somente isso. Parece-nos que essa sede (ê) de discórdia e esse traço belicoso são próprios do ser humano, que não admite perder privilégios ou sentir-se ferido nos seus “brios”. E não se pode negar que o egoísmo e a arrogância tão arraigados estão no espírito dos indivíduos que não lhes permitem, sequer, perceber os seus defeitos mais evidentes. – Há exceções, claro.

Por que é que num condomínio luxuoso um cidadão chuta a cadela de um dos condôminos, e este, agride o outro com um soco? E o agredido se arma com uma faca e parte para esfaquear o seu agressor? – Aqui não podemos alegar condições precárias de vida! – E o que dizer de um Pimenta Neves? E de tantos outros criminosos de tão vil ferocidade!

Existem pessoas que se sentem bem em facilitar a vida dos semelhantes. Mas outras, em quantidade muito maior, lastimavelmente, preferem contestar e dificultar sempre, somente pelo prazer de se contrapor e contrariar. Entretanto, esse homem agressor e violento de quem estamos falando, supomos que sejam os seres desprovidos de educação doméstica. Ou seria justo afirmar que existam pessoas de má índole, nascidas prontas para o crime? – Creio que não!

Indagação: será que os ladrões, os estupradores e outros assassinos periculosos seriam pessoas iguais a nós outros se seus pais, seus mestres e os governos não houvessem falhado na sua formação moral? – Não sabemos! – Entendemos, todavia, que o homem educado não fere direitos de outrem. O comportamento pacífico e sereno daquele, transmite bem-estar e gera confiança e admiração no meio social. – Não que devamos ser uns bananas. Posto que o homem pacato pode, muito bem, ser firme, enérgico, sem precisar excluir a humildade. Firmeza e humildade são qualidades essenciais às pessoas. E não custa ser educado e cordial. Essa é uma prática simples, simpática e agradável, que torna as nossas vidas mais fáceis. Por tudo isso, devemos exercitá-la, porque os benefícios decorrentes são bastante compensadores. E, ainda, porque não é aconselhável distribuir amarguras e aborrecimentos, quando é possível semear bondade e afeição, evitando dificuldades.

Especialmente quando tratamos com pessoas que nos dispensam tratamento ajustado aos padrões de civilidade. – Mas, de outra forma, se alguém, por pura ignorância ou por defeitos que não nos compete analisar e identificar, foge a esses padrões, não será por isso que devemos retribuir com iguais pancadas. Antes, devemo-nos lembrar de que cada qual oferece somente o que tem. Aquele que age como irracional, é porque só conhece a força da irracionalidade. Infelizmente, o homem costuma reger-se muito mais pelos instintos do que pela razão. (Texto de José Fernandes Costa).

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