O bispo da Diocese de Garanhuns, Dom Fernando Guimarães não aprova o envolvimento da Igreja com política partidária nem quer ver os padres locais disputando eleições. Mesmo assim, o líder religioso pretende promover um grande encontro, no início do próximo ano, com prefeitos do Agreste Meridional e outras lideranças da região.. Seu objetivo, segundo confessa, é debater Política com P maiúsculo e alternativas de desenvolvimento para nossas cidades.
Sinceramente, se a Igreja não deve intervir na política, deveria ao menos se dedicar mais à questão social.
ResponderExcluirSabemos que, apesar das mudanças que o governo Lula efetuou, temos um alto contingente de pobres e miseráveis, notavelmente na cidade de Garanhuns, onde vemos crianças de 5 anos de idade catando lixo junto às famílias para não morrer de fome.
Acredito que a Igreja, diante dos ideais cristãos, deveria fazer muito mais pela cidade, construindo abrigos para os desabrigados, formando cooperativas com os agricultores pobres, criando uma rede de distribuição de medicamentos, atuando no combate à desnutrição ou, porque não, lutar pela Reforma Agrária, visando o direito ao acesso do grande bem que o Pai nos deu, a terra de onde brotam nossos alimentos.
O que vemos na Igreja da Diocese é uma tropa de padres motorizados (com notáveis exceções), guiando máquinas automotivas caríssimas, governando paróquias fechadas, construídas como fortalezas virtuais, onde pequenos grupos monopolizam o que deveria ser de todos os católicos.
Os sacerdotes parecem se esquecer da questão social, mergulhando em policagens, perdendo crédito junto aos fies e ignorando as necessidades sociais de uma população carente, que precisa de uma defensora diante dos desmandos e injustiças que nossas persistentes oligarquias infligem aos municípios da região.
Houve um tempo em que a Igreja lutou ao lado dos famintos e esfarrapados, sem deixar de fazer o máximo por eles, sem se calar nem mesmo perante à máquina repressiva da ditadura militar.
Hoje, parece ter feito sua opção pela omissão, ou mesmo pela aliança às escondidas com os setores mais retrógrados da sociedade regional.
Por essas e outras, que se torna difícil servir à uma Igreja cada vez mais ´´ azul ``, ou melhor, ´´ verde ``, a cor que representa o sabor amargo, insosso.