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FILMES INESQUECÍVEIS XIV



O SILÊNCIO DOS INOCENTES

Em tempos de horror, como no caso do goleiro Bruno, é oportuno fazer uma releitura de “O Silêncio dos Inocentes”. O jogador do Flamengo não é um Hannibal, não é um psiquiatra inteligente capaz de assustar com sua frieza, matando e comendo carne humana como se fosse uma coisa absolutamente normal. Também não tem nada do transexual do filme, fazendo vítimas e tirando-lhes a pele numa seqüência que horroriza a sociedade americana e quem acompanha a trama.

De algum modo, no entanto, o horror provocado pelo psicopata Bruno (não vejo termo mais apropriado para usar em relação ao goleiro) me fez lembrar do excelente “O Silêncio dos Inocentes”, de 1991, dirigido pelo cineasta americano Jonathan Demme. Às vezes a gente pensa que fatos terríveis como os que envolveram o atleta brasileiro só acontem no cinema. E é quase sempre um choque ver a vida real imitando a ficção.

O longa do diretor nova-iorquino, lançado há quase duas décadas, é sem sombra de dúvidas um dos mais perfeitos filmes de suspense da história da sétima arte. A direção, o roteiro, baseado em livro homônimo, a trilha sonora, o elenco, a fotografia, tudo neste trabalho se encaixa de uma maneira absolutamente feliz, resultando num produto final de alta qualidade.

Além do diretor, é óbvio, são responsáveis pelo êxito e pela qualidade excepcional do filme os atores Anthonin Hopkins e Jodie Foster. O primeiro, que interpreta o psiquiatra e psicopata perigoso chamado de Hannibal Lecter, fez um trabalho primoroso, com um banho de interpretação que torna totalmente convincente o vilão. Ele é um espécie de gênio do mal, pode dar medo, causar espanto, mas não resta dúvida que rouba as cenas, envolve, torna o filme bem mais interessante quando está presente na história. A segunda, no papel da policial do FBI Clarice Starling, está então no auge da carreira e da beleza, tendo aqui um dos melhores desempenhos do seu rico currículo iniciado ainda quando era uma garotinha, em Táxi Driver.

Não foi por acaso que Hopkins e Foster ganharam o Oscar de 1992 com suas performances em “Silêncio dos Inocentes”. Os dois estão brilhantes, difícil encontrar algum reparo a fazer no trabalho dos dois e certamente os concorrentes da época não eram páreo para essa dupla que fez história.

O Silêncio dos Inocentes, sucesso de público e de crítica, ganhou ainda o Oscar de melhor filme, melhor diretor e melhor roteiro adaptado. A Academia de Hollywood não tinha outro caminho no início dos anos 90.

O ótimo filme de Jonathan Demme inicia com Clarice correndo num parque, quando é chamada pelo seu chefe do FBI para ajudar na investigação do serial killer apelidado de Búfalo Bill. Este mata mulheres jovens, um pouco gordinhas e mutila totalmente os corpos e tira-lhes a pele. Numa das vítimas, é encontrado um casulo de um inseto, que termina sendo uma pista importante para a polícia chegar ao assassino.

A jovem policial é enviada para conversar com o psiquiatra e criminoso Dr. Lecter, o canibal, preso há oito anos por ter praticado homicídios terríveis, sempre mordendo e comendo suas vítimas. Um psicopata perigosíssimo, mas um sujeito super inteligente. Certamente arranca de Clarice e de nós espectadores uma mistura de medo e admiração pela sua frieza e argúcia.

Conversando com Hannibal, Clarice Starling vai compreendendo a natureza de Búfalo Bill, vai desvendando o mistério do assassino e juntando as pistas que poderão levá-la até o criminoso.

“O Silêncio dos Inocentes” começa bem, mantém o pique durante todo o tempo e tem um ótimo final, depois de uma grande cena de suspense. Termina com a deixa para uma seqüência, feita tempos depois sem a mesma qualidade do original. Aliás foram mais dois filmes, tanto um como outro distantes em tudo do primeiro.

Jonathan Deeme realizou outros bons filmes, como Filadélfia e Sob o Domínio do Mal, porém ficou consagrado mesmo foi por ter acertado a mão em “Silêncio dos Inocentes” um dos melhores trabalhos do cinemão americano nas últimas décadas. Um trabalho realmente inesquecível.

Um comentário:

  1. A arte imita a vida e a vida imita a arte, Roberto. Para o bem e para o mal, infelizmente...

    Abração

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