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FILMES INESQUECÍVEIS XI


E O VENTO LEVOU

Tenho muita satisfação e mesmo orgulho em já ter assistido alguns dos grandes clássicos do cinema mundial. Filmes como O Grande Ditador, Casablanca, Os Dez Mandamentos, Bem Hur, Psicose, Um Sonho de Liberdade, Tess, A Noviça Rebelde, Dr. Jivago, Os Incompreendidos, Gritos e Sussurros, O Enigma de Kaspar Hauser, Os Brutos Também Amam, O Pagador de Promessas, Luzes da Cidade, No Tempo das Diligências, Súplica de Uma Saudade, Cinema Paradiso, A Felicidade não se Compra e muitos outros são indispensáveis a qualquer pessoa que ama a sétima arte.

Ao criar essa série intitulada “Filmes Inesquecíveis”, adotei o critério de só comentar o que assisti, tenha sido recentemente ou há muito tempo. E tem um grande clássico do cinema, visto por milhões de pessoas de diferentes gerações, que nunca tinha visto. Lamentava, sentia-me frustrado. Recorri à internet, fiz a compra e esta semana, numa noite de frio, sozinho na sala, fiquei cerca de quatro horas me deslumbrando com o belíssimo “E O Vento Levou”. Finalmente!
O longa americano, com direção de Victor Fleming, faz jus à fama e a todos os títulos conquistados. Só aquela estatuetazinha que chamam Oscar ganhou 10, à época do seu lançamento, no distante ano de 1939. O filme é extenso e grandioso em todos os sentidos. Você não cansa acompanhando a trama, o romance, o desenrolar da guerra, os sofrimentos, a força dos personagens. O drama é baseado em romance homônimo de Margaret Mitchell, com roteiro de Sidney Howard e colaboração, neste item, dos consagrados escritores F. Scott Fitzgerald e William Faulkner.

E O Vento Levou mostra suas qualidades já na abertura, com imagens magníficas, uma fotografia excepcional (como, quase 70 atrás conseguiram tanto apuro técnico?), imagens belas das terras e dos céus do Sul rico dos Estados Unidos. A trilha sonora do filme, a cargo de Max Steiner, também foi caprichada, é muito bonita, casando bem com os cenários, os figurinos, os diálogos, as primeiras imagens que vão aparecendo e pegando o expectador pelos olhos, o coração, a mente.

Scarlett O´Hara (Vivien Leigh) é uma mocinha inquieta e bonitinha, filha de pais ricos. Tem uma vida boa, é paparicada por mil rapazes, mas não gosta de nenhum. Acha que ama Ashley Wilkes, só que este decide casar com Melanie Hamilton, uma de suas amigas, filha do fazendeiro vizinho. O anúncio da união entre os dois a perturba, ela tenta evitar o enlace, não consegue e mesmo após o matrimônio ela mantém a esperança de um dia tê-lo pra si.

Em meio às turbulências sentimentais da moça, estoura a guerra da secessão, que põe de um lado e outro o Sul e o Norte dos Estados Unidos. Num rompante, Scarlett casa-se com Charles, irmão de Melanie, tentando fazer ciúmes a seu pretenso amado. O marido de Scarlett morre no conflito armado e temos então uma viúva, ainda nova, convencida de amar o esposo da amiga.

Scarlett conhece Rhett Butler, interpretado pelo galã dos anos 40 e 50, Clark Gable, e este sente atração pela “menina”. Ela, no entanto, parece achar o sujeito detestável.

A guerra vai tirar a mocinha de casa, fará ela sentir na pele muito sofrimento, a pobreza e a fome. A heroína vê as pessoas se acabando numa cama de hospital, tendo as pernas amputadas e morrendo, como resultado da briga entre “irmãos” americanos. No meio disso tudo, ainda tem de socorrer sozinha a amiga Melanie, na hora em que esta vai ter um bebê e corre risco de morte.

Atravessa praticamente o campo de batalha levando sua amiga e o filhinho, retornando ao lar, Tara, sua terra, que ela parece amar mais do que as pessoas. Encontra a mãe morta e o pai perturbado do juízo. Fortalecida, sem nada a ver com aquela menina sonhadora do início, ela enfrenta a situação e comanda a casa com mão de ferro. Para não perder a propriedade, entra num segundo casamento, desta feita com um homem bem mais velho.

Mais adiante, tendo ficado viúva pela segunda vez, aceita se casar com Rhett. Vez por outra se encontravam, ele sempre querendo fazê-la esquecer Ashley sem muito sucesso.

O casal tem uma filha linda, porém os desencontros continuam. Vamos ver mais sofrimento, descobertas, personagens de grandeza incomum, o fim da guerra e por fim Scarlett, uma mulher extraordinária (em certo aspecto lembra Ana Terra, o personagem feminino forte criado por Érico Veríssimo em O Tempo e o Vento), descobre a sua verdade. Percebe como viveu tanto tempo uma ilusão. É tarde? Ela está disposta, apesar de tantos percalços a lutar, a provar que ama seu marido, que não sente nada pelo outro. Nunca sentiu... O filme começa bem e termina bem. Não tem um final feliz óbvio, cabe a nós que acompanhamos a saga imaginar como tudo irá terminar.

E O Vento Levou é um filme como poucos. Excelente direção, bons atores, bela fotografia, trilha sonora de nível, imagens incríveis captadas há tantos anos e sobretudo uma grande história, vivenciada por personagens atraentes, em meio a guerra. Mas os sentimentos explodindo porque o amor move e motiva as pessoas, move o mundo.

Certamente é um trabalho que se pode colocar em qualquer relação dos melhores do cinema desde que ele foi criado. É um filme arrebatador, impressionante, inesquecível.

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